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O juiz de família mais velho da Grã-Bretanha ficou irado ao saber de casais idosos sendo separados contra sua vontade quando eles precisam ir para uma casa de cuidados.
Em um discurso feito na terça-feira, Sir James Munby disse que era “simplesmente desumano” que casais que passaram décadas juntos fossem separados em seus últimos anos de vida.
Ele também ressaltou a importância de os assistentes sociais aplicarem um “teste de decência comum” em suas avaliações, e pediu para que eles fizessem mais para manter os casais idosos juntos.
Ao falar na conferência da Associação de Diretores de Serviços Sociais para Adultos (Adass), ele classificou as separações de idosos como sendo uma “acusação absoluta da nossa sociedade” e alegou que elas poderiam causar níveis de estresse fatais.
“Sabemos que as pessoas morrem do que coloquialmente chamamos de coração partido,” disse ele.
“É muito impressionante. Já li casos onde um cônjuge, após 60 ou 50 anos de casamento, morreu e o outro morreu dois dias depois. Isso não é coincidência, eu suspeito.”
Apelando diretamente aos assistentes sociais, ele pediu para que eles aplicassem a ‘empatia’ ao avaliar os casais de idosos.
“Está de acordo com conceito comum de humanidade, empatia, decência? Se sim, tudo bem,” disse ele.
“Se não, você precisa voltar e perguntar se isso é justificável”.
Os conselhos ao redor da Inglaterra oferecem lares para cerca de 200.000 pessoas idosas, mas muitas vezes os casais são separados quando têm diferentes necessidades de cuidados ou quando os lugares são muito limitados para acomodá-los.
Ao falar com a BBC, a diretora de caridade da Age UK, Caroline Abrahams, disse que os casais que desejassem ficar juntos deveriam ser autorizados a fazer isso.
Ela disse: “quando os conselhos providenciam cuidados para uma pessoa idosa, eles têm o dever legal de garantir que suas necessidades sejam atendidas. Eles precisam levar em conta suas necessidades psicológicas, e como qualquer disposição irá respeitar o seu direito à vida familiar nos termos da Lei dos Direitos Humanos”.
