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Cheri Price, que hoje tem 22 anos e é mãe de três filhos, deu à luz a Hailie Dillon no dia 23 de fevereiro do ano passado, após apenas 23 semanas e 6 dias de gestação.
A pele de Hailie não teve tempo para desenvolver pigmentação e seu crânio também não estava totalmente formado.
O bebê, de cerca de meio quilo, sobreviveu a problemas em um pulmão, chegando a passar sete minutos sem respirar depois do parto que ocorreu no hospital James Cook em Middlesbrough, Reino Unido. Levou 18 dias para Price conseguir segurar sua filhinha pela primeira vez.
“Soa mal dizer isso, mas quando Hailie nasceu, ela parecia um alienígena vermelho”, disse Price, que morou na ilha de Wight.
“Ela ainda estava no estágio de feto e não tinha a aparência dos outros bebês. É difícil de acreditar que ela conseguiu sobreviver”.
“Desde o nascimento, ela foi colocada em uma incubadora e não podíamos tocá-la, mas dava para ver todas as veias do seu cérebro através da sua pele avermelhada”.
Price está particularmente orgulhosa de Hailie, levando em consideração o fato de que, de acordo com o SNS, os recém-nascidos só são considerados “viáveis” após 24 semanas de gravidez e, mesmo assim, as chances de sobrevivência nessas condições são de apenas 35 por cento.
Hoje, Hailie é uma saudável menina de um ano de idade.
No dia 20 de janeiro do ano passado, Price teve suas primeiras contrações, com apenas 20 semanas de gravidez. No entanto, os médicos do hospital Newport, em St. Mary, ilha de Wight, disseram que não tinham as instalações adequadas para acomodar mães antes da 24ª semana de gestação.
Price e seu namorado, Timothy Dillon, de 32 anos, viajaram até Darlington, Teeside, para ficar mais próximos de seus familiares.
No entanto, a viagem até o nordeste da Inglaterra não foi fácil. Foram oito horas de luta contra as contrações. Ela e Dillon estavam aterrorizados pela possibilidade de seu bebê não sobreviver, sem cuidados hospitalares.
Então, Price passou duas semanas entrando e saindo do hospital em Middlesbrough. Em uma dessas passagens pelo hospital, ela estava prestes a voltar para casa quando sua bolsa rompeu, com apenas 24 semanas de gestação, no dia 21 de fevereiro.
“Achamos que teríamos uma chance melhor em um hospital maior. Além disso, estávamos mais perto dos nossos parentes, que podiam nos ajudar com as crianças”, disse Price.
“Eu recebi alta, mas então minha bolsa rompeu, em seguida, enquanto eu assistia Hollyoaks, dois dias mais tarde”.
Ela deu à luz a Hailie no hospital James Cook University, em Middlesbrough. O pequeno bebê precisou de ressuscitação após nascer, pois ficou sem respirar por sete minutos e também sofreu um colapso pulmonar dois dias depois. Mas ainda assim, ela sobreviveu.
Para Price, o fato dela não ter sido aceita no hospital da ilha de Wight é um “assunto doloroso”.
“Eu esperava que um hospital, numa ilha que oferece viagens de barco, tivesse capacidade de atender casos como os meus”.
“Estou muito orgulhosa dela, pois nós passamos por coisas horrendas. Achamos que íamos perdê-la em vários momentos, pois não tivemos nenhum tipo de ajuda”.
Price e Hailie ficaram internadas no hospital de Middlesbrough por três meses, enquanto os pais esperavam para ver se a menina sobreviveria.
Também levou um tempo para Hailie conseguir enxergar pois seus olhos estavam fundidos e suas retinas ainda não estavam totalmente desenvolvidas.
Ela foi diagnosticada com retinopatia por nascimento prematuro e precisou visitar hospitais especializados em Southampton e Portsmouth de avião particular, mas sua visão foi salva.
No dia 19 de junho do ano passado, Hailie finalmente recebeu permissão para ir para casa, dois dias após a data originalmente marcada para seu nascimento.
Rachel Hosie
