Rui Car
02/03/2018 14h10

‘Me inspiro em Pabllo Vittar’, diz cantor gospel que abandou a igreja para ser drag queen

"Eu vou para o céu, tenho certeza disso"

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O ex-cantor gospel Lucas Fernandes – agora drag queen – causou rebuliço no meio evangélico em novembro do ano passado ao revelar que era homossexual e se dedicaria a ser um artista que, essencialmente, expressava sua opção sexual. Agora, em entrevista ao Superpop, da RedeTV!, o artista disse quer ser o novo Pabllo Vittar.

 

“Eu vivia de aparência, só para agradar a religião, os amigos, a igreja. Tinha medo de apanhar, ou ‘ir para o inferno’, como eles falaram, e eu acreditava muito”, disse o cantor, que agora se identifica como Lucas Miziony.

 

Questionado pela apresentadora Luciana Gimenez sobre qual é seu foco, Lucas revelou suas novas inspirações: “Agora eu sigo a carreira de drag, que é maravilhosa. Pabllo Vittar é uma inspiração pra mim. Sempre tenho acompanhado ele, Léo Áquila, as drags, Mulher Pepita, são pessoas maravilhosas que eu tenho seguido bastante”, disse.

 

“Sempre fui cantor gospel. Desde os cinco anos, cantava na igreja. E eu decidi ser quem eu sou. Fiz até um EP, ‘Homem ou Mulher’, mostrando um menino gay e uma menina, que é o que eu sou por dentro. Eu sou uma menina por dentro, e por fora um menino gay”, acrescentou o artista.

 

Ele revelou que o momento da revelação de sua decisão foi de extrema tensão: “Foi muito complicado porque saiu em várias matérias, no Fuxico Gospel foi o primeiro lugar que saiu”, disse Lucas, sendo interrompido por Luciana Gimenez, espantada com a existência de um portal dedicado a fofocas no meio evangélico.

 

Em meio aos risos dos convidados do programa, Lucas Fernandes conitnuou seu relato: “As pessoas evangélicas começaram a me criticar […] Eles começaram a falar que estava errado, que era demônio… ‘Você não vai para frente’, ‘o inferno está preparado para você’… Falaram barbaridades. Fiquei muito nervoso, triste, comecei a chorar”, explicou.

 

“Eu vou para o céu, tenho certeza disso […] Eu não vou [para o inferno] porque Deus é amor, é paz, não faz acepção de pessoas”, opinou.

 

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