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Uma mulher com vitiligo se tornou modelo depois que pessoas a acusaram de “tentar ser branca”, devido a sua doença de pele.
Mariah Perkins, 22 anos, afro-americana, tinha 13 anos quando notou pela primeira vez algumas áreas da sua pele começarem a descolorir. Mariah, de Maryland, EUA, foi posteriormente diagnosticada com vitiligo, uma doença que faz com que manchas brancas surjam na pele devido à falta de melanina.
Algumas pessoas com vitiligo acabam tendo apenas algumas pequenas manchas brancas. Outras – como Mariah – desenvolvem manchas maiores por diversas partes do corpo, de acordo com o site do NHS. Mariah sofreu com piadas cruéis sobre a sua pele. Algumas pessoas diziam que ela estava “tentando ser branca”, enquanto outras diziam que ela se parecia com uma vaca.
Mas Mariah – que já passou por uma fase de tanta insegurança que dormia usando base para o rosto para cobrir as manchas – agora aceita sua pele rara.
Ela então seguiu os passos da estrela da Victoria’s Secret e também portadora de vitiligo, Winnie Harlow, começando sua própria carreira de modelo.
Formada em direito, Mariah, que também é dançarina profissional, já foi modelo para marcas como a Coca-Cola.
“Os comentários das pessoas afetavam muito minha autoconfiança”, contou a modelo. “Eu já era insegura sobre minha aparência, e ter vitiligo na época me fez sentir ainda pior.”
“As pessoas diziam que eu estava tentando ser branca, à medida que minha pele perdia a pigmentação. Diziam que eu estava tentando esconder meus traços afro-americanos. Ouvir isso me machucava muito.”
“Eu me sentia feia, então eu cobria meu rosto completamente com maquiagem para esconder minha pele porque eu tinha vergonha da minha aparência.”
“Eu achava que as pessoas não iam querer ficar perto de mim ou não iriam me achar atraente.”
No entanto, quando começou a fazer faculdade, Mariah decidiu abandonar a maquiagem – ela diz que agora “aceitou totalmente” sua pele.
“Assim que eu finalmente parei de usar maquiagem para esconder as manchas, comecei a receber comentários negativos dizendo que eu era estranha, que eu parecia com uma vaca e que estava tentando ser branca”.
“Mas agora que aceitei completamente minha pele, raramente ouço comentários como esses. Eu aprendi a me amar e as pessoas conseguem notar isso, muitas vezes me dizem que minha pele é única e bonita”.
Francesca Specter
