Rui Car
02/03/2021 09h07

Morte dos Mamonas Assassinas completa 25 anos

Nesta terça-feira (2), acidente aéreo que vitimou todos os integrantes do grupo completa 25 anos

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Foto: Reprodução

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Nesta terça-feira (02), a queda do avião que transportava o grupo Mamonas Assassinas completa 25 anos. Em um dia nublado, todos os integrantes do grupo perderam a vida em um acidente aéreo na Serra da Cantareira, entre as cidades de São Paulo e Guarulhos.

 

O acidente causou comoção nacional. Enquanto voltavam de um show em Brasília, o jatinho Learjet em que viajavam, modelo 25D prefixo PT-LSD, chocou-se contra a Serra da Cantareira, às 23h16, numa tentativa de arremetida, matando todos que estavam no avião.

 

O enterro, no dia 4 de março de 1996 no cemitério Parque das Primaveras, em Guarulhos, fora acompanhado por mais de 65 mil fãs (em algumas escolas, até mesmo não houve aula por motivo de luto). O enterro também foi transmitido em TV aberta, com canais interrompendo sua programação normal.

 

O sucesso meteórico

 

 

O único álbum de estúdio gravado pela banda, Mamonas Assassinas, lançado em junho de 1995, vendeu mais de 1 milhão 800 mil cópias no Brasil, sendo certificado com disco de diamante comprovado pela Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD).

 

Com um sucesso “meteórico”, a carreira da banda (sob o nome Mamonas Assassinas) durou um ano e meio, de outubro de 1994 a 2 de março de 1996. A banda continuou influenciando a cena musical nacional e sendo celebrada mesmo décadas após seu fim.

 

Com o estrondoso sucesso comercial, saíram em uma exaustiva turnê, apresentando-se em programas como Jô Soares Onze e MeiaDomingo LegalPrograma LivreDomingão do Faustão e Xuxa Park. Em fevereiro de 96, foram destaque da capa da Billboard, em reportagem sobre as inéditas vendagens do disco de estreia. Tocavam cerca de oito a nove vezes por semana, com apresentações em 24 dos 27 estados brasileiros (Distrito Federal incluso) e ocasionais dois a três shows por dia.

 

O cachê dos Mamonas tornou-se um dos mais caros do país, variando entre R$ 40 mil, R$ 50 mil, R$ 70 mil e R$ 100 mil. Consequentemente, a EMI faturou cerca de R$ 80 milhões com a banda. Em certo período, a banda vendia 50 mil cópias por dia.

 

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Por serem então queridos e admirados pelo público, todas as vezes que apareciam na televisão, a audiência triplicava. Como consequência disso, existia briga entre as emissoras para ter os Mamonas Assassinas nos seus programas. Segundo Rick Bonadio, a Rede Globo de Televisão tentou contratá-los por 3 anos exclusivos, mas a EMI, por considerar que isso iria atrapalhar os seus negócios, barrou (ela já havia barrado anteriormente, pelo mesmo motivo, a venda de produtos licenciados, que, por isso, só foram lançados postumamente).
 
Na época que eles fizeram inúmeros shows, eles foram apelidados de “rolo compressor” porque as outras bandas e artistas tinham medo e não queriam tocar na mesma cidade que eles se apresentavam, uma vez que todo mundo queria assistir só os Mamonas.
 

Causa do acidente

 

 

O que consumou o acidente foi uma operação equivocada do piloto Jorge Luiz Martins e seu copiloto, depois de uma longa escala de voos que passavam por cidades onde ocorreram as apresentações da banda, segundo o CENIPA, centro de investigações e Prevenções de acidentes aeronáuticos, que assim concluiu para explicar o acidente com o jatinho que causou a morte dos cinco integrantes do grupo.

 

O que contribuiu para que o acidente ocorresse foi fadiga de voo, imperícia por parte do copiloto que não tinha horas de voo suficientes para aquele tipo e modelo de aeronave e não era contratado pela empresa de táxi aéreo MADRI, que transportava a banda, falha de comunicação entre a torre de controle e os pilotos, cotejamento e fraseologia incorretos das informações prestadas pela torre.

 

Entrevistas

 

 História da banda

 

 Documentário

 


POR: ELIAS BIELASKI – PORTAL CAMAQUÃ

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