Se você pensar em Marte hoje, provavelmente imaginará um cenário vermelho, árido e hostil. Mas nem sempre foi assim. Antes, o planeta tinha oceanos, atmosfera e, possivelmente, vida microbiana.
Houve, então, um motivo para que tudo isso acabasse?
A resposta é sim. De acordo com uma pesquisa realizada pela NASA, a causa da “morte” de Marte foi a mesma que permite a existência de vida na Terra. Ou seja, o Sol.
Os pesquisadores, baseados em dados obtidos pela sonda MAVEN, afirmam que a radiação muito intensa emitida por uma estrela jovem como era o Sol foi destruindo a atmosfera marciana.
Mas isso ocorreu num princípio mesmo: segundo a pesquisa, a atmosfera marciana teria sido destruída ainda nos primeiros bilhões de anos do nosso Sistema Solar. Por conta disso, inclusive, o desenvolvimento de uma possível forma de vida lá é considerado precário.
A conclusão do estudo foi feita após análise da concentração de gás argônio nas camadas superiores da atmosfera de Marte. Esse é um gás que não reage quimicamente com outras substâncias e só poderia desaparecer ao ser impulsionado por partículas oriundas do vento solar.
Mas por que essa radiação destruiu a atmosfera de Marte e não a da Terra, sendo que os planetas são vizinhos? Essa é uma resposta dada por Bruce Jakosky, cientista responsável pela MAVEN. Segundo ele, nosso campo magnético funcionou como “repelente” e fez com que o vento solar ficasse a uma grande distância do planeta.