Rui Car
26/08/2019 11h12 - Atualizado em 26/08/2019 08h31

Noelia Garella: a primeira professora com síndrome de Down da Argentina

No início, os pais de seus alunos não entendiam como isso seria possível

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A argentina Noelia Garella, de 33 anos, se tornou a primeira pessoa com síndrome de Down a lecionar em seu país.  Apesar da grande conquista, Noe, como é chamada carinhosamente pelos mais de 150 alunos que atende no Centro Educacional Capullitos, de Cordóba, teve que superar diversos desafios para alcançar o sonho de ser professora.

 

Desde que se formou em 2012, ela conseguiu a primeira oportunidade de emprego nessa escola. Para os pequenos do Jardim de Infância, ela geralmente lê histórias infantis, além de dar suporte em temas como música e desenho. A jovem coordena, ainda, matérias especiais como uma oficina de leitura precoce para alunos que têm idades entre 0 e 5 anos.

 

Reprodução/ Noelia Garella
Reprodução/ Noelia Garella

Com tanto amor pela profissão e a felicidade estampada em seu rosto, ela vive cercada por muita gente – um carinho merecido por toda dedicação com seus pequenos. Reconhecida também pelo carisma e otimismo, não há dúvidas de que foram essas características que fizeram com que a jovem superasse todo e qualquer obstáculo para seguir sua profissão. Em entrevista ao G1, ela afirmou que se sente muito bem com as crianças e que, hoje em dia, os pais dos pequenos a admiram muito.

 

Mas nem sempre a vida de Noe foi assim. Quando ela ingressou no mercado de trabalho, aos 26 anos, acabou enfrentando bastante resistência. É que os pais de seus alunos não entendiam como uma pessoa com síndrome de Down poderia educar seus filhos e a questionavam por muitas coisas. Porém, decidida a seguir sua vocação, ela foi em frente e conquistou seu espaço.

 

Mesmo assim, os desafios continuaram. Como em 2016, quando a argentina se viu diante de uma situação inesperada, mas que a deixou muito entusiasmada. “Tive uma criança com síndrome de Down na turma”, contou. “É lindo saber que existem mais pessoas como eu”, declarou. Com tanto amor pela profissão, hoje a jovem se tornou o maior exemplo de  inclusão do país e luta pelos direitos de pessoas com deficiência.

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