Rui Car
17/08/2017 13h40

O fim do som do motorzinho: agora a música nos consultórios é bem-vinda

Muitos pacientes já reagem extraordinariamente à música

Assistência Familiar Alto Vale
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Delta Ativa

Já não é de hoje que dentistas, especialistas e pacientes discutem as questões da humanização do tratamento de saúde nos consultórios.  Nós mesmos já falamos do assunto aqui neste canal.

 

E nem é só por conta do medo de alguns, mas também pelo bem-estar de todos. Uma experiência mais agradável, menos traumática é sempre bem-vinda para estimular a prática das boas ações na área da saúde.

 

E entre os itens desse possível atendimento de qualidade, está a música. A que faz sentido e atinge diretamente o cérebro humano, e não simplesmente aquela que parece acalmar o ambiente combinada com revistas antigas e um sofá confortável.

 

Segundo Robert Jourdain, autor do livro “Música, Cérebro e Êxtase”, existem fases para nossa compreensão da música. Passamos pelo som, o tom, a melodia, a harmonia, o ritmo, a composição, o desempenho, a escuta, a compreensão e, por fim, o êxtase. E muitos pacientes, não só nos consultórios dentários, já reagem extraordinariamente à música.

 

No entanto, afirma o autor, o paciente precisa ser, antes de mais nada, “musicalmente sensível e tem de estar na disposição de espírito certa para ser dominado pelo som. A música pode ajudar se for um tipo que corresponda ao gosto do paciente”.

 

Para o pianista profissional e compositor, que trabalha há décadas com inteligência artificial, “a música não conserta neurônios defeituosos que podem causar doenças, mas pode vencer sintomas ao transportar o cérebro para um nível de integração acima do normal. A música estabelece fluxo no cérebro, enquanto ao mesmo tempo, estimula e coordena as atividades mentais”.

 

A endodontista Camila Sorrilha concorda e acha que canções relaxantes são muito bem-vindas, não só para acalmar, mas também para trazer um momento de relaxamento na cadeira. “Acredito que a música pode sim ser uma alternativa para ajudar o paciente a relaxar, desde que seja bem baixinha e calma. Música erudita, por exemplo, bem suave, pode funcionar”.

 

Seja lá como for, a ciência já provou: “Se a música surgiu para fortalecer laços sociais e resolver conflitos, ela deve sua existência às emoções porque é exercitando ou aplacando emoções que estabelecemos relação com outros seres humanos. A música corporífica emoção e há uma base neurológica para este fenômeno”, afirma Jourdain. Tente deixar-se levar pela música ao deitar na cadeira do seu dentista, na próxima oportunidade. E dê lugar ao prazer do som no lugar da dor e do medo.

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