Rui Car
03/12/2018 07h58

Operários de Jesus: Os Anjos (Parte 4)

Continuação da semana passada

Assistência Familiar Alto Vale
Delta Ativa

Aqui reponta uma questão vital, qual a de saber-se se a alma pode adquirir conhecimentos após a morte do corpo. Se uma vez liberta do corpo não pode adquirir novos conhecimentos, a alma da criança, do selvagem, do imbecil, do idiota ou do ignorante permanecerá tal qual era no momento da morte, condenada à nulidade por todo o sempre. Mas se, ao contrário, ela adquire novos conhecimentos depois da vida atual, então, é que pode progredir.

Sem progresso ulterior para a alma, chega-se a conclusões absurdas, tanto quanto admitindo-o se conclui pela negação de todos os dogmas fundados sobre o estacionamento, a sorte irrevogável, as penas eternas etc. Progredindo a alma, qual o limite do progresso? Não há razão para não atingir por ele o grau dos anjos ou puros Espíritos. Ora, com tal possibilidade não se justificaria a criação de seres especiais e privilegiados, isentos de qualquer labor, gozando incondicionalmente de eterna felicidade, ao passo que outros seres menos favorecidos só obtêm essa felicidade a troco de longos, de cruéis sofrimentos e rudes provas. Sem dúvida que Deus poderia ter assim determinado, mas, admitindo-lhe o infinito de perfeição sem o qual não fora Deus, força é admitir que coisa alguma criaria inutilmente, desmentindo a sua justiça e bondade soberanas.

“E se a majestade dos reis ostenta o seu brilhantismo pelo número dos vassalos, oficiais e súditos, que haverá de mais próprio a dar-nos ideia da majestade do Rei dos reis do que essa inumerável multidão de anjos que povoam Céu e terra, mar e abismos, a dignidade dos que permanecem continuamente prostrados ou de pé ante seu trono?”

E não será rebaixar a Divindade confrontá-la com o fausto dos soberanos da Terra? Essa ideia, inculcada no espírito das massas ignorantes, falseia a opinião de sua verdadeira grandeza. Sempre Deus reduzido às mesquinhas proporções da humanidade! Atribuir-lhe, como necessidade, milhões de adoradores, perenemente genuflexos ou de pé diante dele, é emprestar-lhe vaidade e fraqueza próprias dos orgulhosos déspotas do Oriente! E que é que faz os soberanos verdadeiramente grandes? É o número e brilho dos cortesãos? não; é a bondade, é a justiça, é o título merecido de pais do seu povo. Perguntareis se haverá algo de mais próprio a dar-nos a ideia da grandeza e majestade de Deus do que a multidão de anjos que lhe compõem a corte… Mas, certamente que há, e essa coisa melhor é apresentar-se Deus às suas criaturas soberanamente bom, justo e misericordioso, que não colérico, invejoso, vingativo, exterminador e parcial, criando para sua própria glória esses seres privilegiados, cumulados de todos os dons e nascidos para a felicidade eterna, enquanto a outros impõe condições penosas na aquisição de bens, punindo erros momentâneos com eternos suplícios…

A respeito da união da alma com o corpo, o Espiritismo professa uma doutrina infinitamente mais espiritualista, para não dizer menos materialista, tendo ademais a seu favor a conformidade com a observação e o destino da alma. Ele ensina-nos que a alma é independente do corpo, não passando este de temporário invólucro: a espiritualidade é-lhe a essência, e a sua vida normal é a vida espiritual. O corpo é apenas instrumento da alma para exercício das suas faculdades nas relações com o mundo material; separada desse corpo, goza dessas faculdades mais livre e altamente.

A união da alma com o corpo, em ser necessária aos seus primeiros progressos, ocorre no período que poderemos classificar como da sua infância e adolescência; atingido, porém, que seja, um certo grau de perfeição e desmaterialização, essa união é prescindível, e o progresso faz–se na sua vida de Espírito. Ademais, por numerosas que sejam as existências corpóreas, elas são limitadas à existência do corpo, e a sua soma total não compreende, em todos os casos, senão uma parte imperceptível da vida espiritual, que é ilimitada.

 

Continua na próxima semana com os anjos segundo o espiritismo.

Extraído do livro: O Céu e o Inferno.

 

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