Rui Car
12/08/2019 07h32 - Atualizado em 12/08/2019 08h42

Operários de Jesus: Reencarnação, a sabedoria das Leis de Deus (Parte 02)

Continuação da semana passada

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Mas, aqui entram os que, não aceitando a reencarnação, objetam enfáticos: Como é que eu não me lembro de nada das minhas vidas anteriores? Não seria preferível que eu soubesse de tudo para compreender melhor as coisas que hoje acontecem e corrigir o que fiz errado? A primeira vista parece que a objeção é procedente, mas, se começamos a estudá-la melhor, vemos logo que não poderia funcionar assim o mecanismo da reencarnação. Os argumentos são muitos e têm sido repetidos com bastante freqüência, de modo que qualquer leitor de obras espíritas saberá defender seu ponto de vista reencarnacionista com relativa facilidade. O esquecimento é necessário ao progresso do Espírito, que só evolui quando caminha por suas próprias forças, escolhendo livremente entre o bem e o mal. De que lhe serviria o conhecimento de uma existência anterior, dos crimes que praticou, dos ódios que se abrigaram em seu coração, dos inimigos que teve, das riquezas ou poderes que possuiu, ou das misérias e angústias por que passou? Para que trazer, para uma existência que começa de novo, as aflições e preocupações de uma que se foi e já mergulhou no passado? Não é mais fácil nos reconciliarmos com uma criatura que não mais desperta em nós a lembrança do dano que nos causou? As vidas que se entrelaçam estão cheias de exemplos dessa natureza. Numa existência, matamos um desafeto e lhe roubamos a esposa e os bens, encharcando de ódio a nossa vida e a dele. Os nossos caminhos se separaram antes que pudéssemos refazer a amizade, mas ainda não é tarde. É bem provável que ele nos volte, numa vida subseqüente, como filho de nossa própria carne, para que lhe possamos restituir o bem da vida que lhe tiramos da outra vez e os bens materiais que dele subtraímos impiedosamente. É um processo inteligente e suave, pois que aquilo que lhe arrebatamos num instante, assumindo uma dívida enorme, agora lhe pagamos aos pouquinhos, sem grandes sacrifícios, amparando-o, educando-o à nossa custa, orientando-o para o bem. Quando, depois do desenlace de mais uma existência, nos reencontrarmos no Além, em plena consciência do passado, já estaremos reconciliados e mais amigos que nunca, pois nada é mais forte para cimentar uma ligação fraterna que a lembrança de antiga e superada inimizade. Se, porém, no decorrer da existência corpórea, identificássemos o antigo desafeto de passadas eras, não teríamos a mesma serenidade para concertar com ele um pacto de paz e harmonia, porque as antigas feridas voltariam a sangrar e os sepultados ódios subiriam à tona, toldando-nos o entendimento e os bons propósitos. Além de tudo isso, há também razões de ordem prática e menos transcendentais. Não podemos trazer para uma nova existência antigos preconceitos, impertinências, intolerâncias, nem sequer o mesmo conservadorismo estreito que impediria o nosso progresso e nos tomaria velhos rabugentos desde a primeira infância. E que tudo evolui e progride, e, ao cabo de alguns decênios, precisamos mesmo ceder lugar aos espíritos que vão chegando, para que, com a nossa caturrice muito natural da velhice, não comecemos a servir de estorvo a novas idéias e novas conquistas. Os próprios costumes sociais e políticos também mudam com os tempos, enquanto que nós, presos aos limitados horizontes de uma existência carnal, não podemos alcançar muito longe nem acompanhar a marcha das modificações históricas e sociais. Com todos os seus erros, desvios e desvirtuamentos, temos que reconhecer que vive hoje no mundo uma população materialmente mais sadia e mais ciosa da sua liberdade. Rapazes e moças de boa formação encaram com simplicidade e ausência de malícia o fato de brincarem, passearem e se divertirem juntos jovens de ambos os sexos. Usamos roupas mais saudáveis, ainda que mais sumárias. Peças que fariam verdadeiro escândalo entre nossos avós, são hoje aceitas com naturalidade, não porque os costumes degeneraram, mas porque não há maldade nem deformação moral alguma no simples fato de irmos à praia expor nosso corpo à luz tonificante do Sol e aos benefícios saudáveis da água do mar. Mas como poderíamos aceitar as novas condições de liberdade, mesmo que sadia e controlada, se ainda trouxéssemos em nossa lembrança a memória das exageradas e muitas vezes insinceras restrições medievais? Será que teríamos bastante serenidade para aceitar todos esses “modernismos” e essas “loucuras”? Com o avançar da idade vamo-nos concentrando no passado, nos “bons tempos”; não nos abandona a memória de parentes e amigos que morreram. E o pior é que muitos ainda se amarguram mais por julgarem que os “perderam” irremediavelmente, que nunca mais os verão, que desapareceram para sempre, na misteriosa escuridão da morte. Mesmo com o conhecimento espiritual, sentimos a necessidade de partir para voltar, depois de uma permanência mais ou menos longa no espaço, onde fazemos um extenso e profundo exame de consciência, onde tomamos alento para um novo mergulho na carne e onde planejamos, com auxílio de mais experimentados irmãos, a nova existência, em suas linhas gerais, não presos a um determinismo fatalista, mas dentro de alguns limites que nós próprios nos impomos no interesse do nosso processo evolutivo.

Só depois de tudo assentado é que voltamos para renascer. Não trazemos na memória o conhecimento de tudo, mas, no silêncio do nosso quarto, podemos às vezes ouvir os ecos e os lampejos da intuição a nos segredar docemente, através da voz da consciência, o que melhor nos convém fazer, quais as regras morais que devemos seguir, quais os exemplos que devemos dar e as atitudes que devemos tomar. E renascemos com uma nova folha imaculada diante dos olhos, para que dela façamos o uso que melhor nos convier. Assim, aos poucos vamos nos adaptando às novas condições de vida, aceitando os progressos e conquistas da nova era e até mesmo contribuindo para que se processem rapidamente. Foram-se as impertinências e o exagerado conservadorismo obstrutivo que nos pesou tanto nos últimos anos da existência anterior. Já começamos a aprender por métodos mais avançados; recursos modernos, como televisão, rádio, práticos e velozes meios de comunicação, passam a ser coisas naturais, que aceitamos sem resistência e que facilmente e sem atritos se incorporam ao cotidiano. Nossa própria filosofia se altera profundamente, muito embora os princípios morais norteadores sejam fundamentalmente os mesmos, porque, no que diz respeito à moral, só podemos andar para frente e nunca involuir. Se dantes pertencíamos a uma organização religiosa intransigente e intolerante, dogmática e obscura, na nova existência poderemos abraçar uma doutrina mais liberal, mais pura, que nos ajude decididamente a caminhar, mostrando-nos melhores roteiros. Há ou não há uma sabedoria muito sutil e profunda no mecanismo da reencarnação?

Texto baseado na obra Hermínio C. de Miranda.

ATIVIDADES DO ESPAÇO OPERÁRIOS DE JESUS:

Terças feiras: às 20:00 horas: palestra/doutrinária ou estudos.

Quartas feiras: às 20:00 horas: estudos.

Quintas feiras: Atendimento aos pacientes com Câncer, Método Kovacsik, das 14:00 às 20:00 horas

Sextas feiras: a partir das 17:00 horas: Atendimento fraterno.

Endereço: Rua Padre Eduardo 330 em Taió

Fone: 47 98462 5602

Contato: [email protected]

Que Deus nos abençoe! Muita Paz!

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