Na obra básica O LIVRO DOS ESPIRITOS, na pergunta 944, Allan Kardec pergunta aos espíritos superiores:
Temos o direito de dispor da nossa vida?
E eis a resposta: Não. Só a Deus assiste esse direito. O suicídio voluntário
importa numa transgressão desta lei.
Em outra obra básica O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, vamos encontrar o seguinte: A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro, as idéias materialistas, numa palavra, são os maiores excitantes ao suicídio, elas dão a covardia moral!
O suicídio é uma desastrada fuga. “O auto aniquilamento situa-se como uma porta falsa em que o indivíduo, julgando-se libertar-se de seus males, precipita-se em situação muito pior.”
O suicida é qual prisioneiro que se evade da prisão, antes de cumprida a pena; quando preso de novo, é mais severamente tratado. O mesmo se dá com o suicida que julga escapar às misérias do presente e mergulha em desgraças maiores.”
Tem dois tipos de suicídio: o direto e o indireto. O suicídio direto é quando há intenção e é premeditado. O indireto é quando não há intenção e não é premeditado, sendo provocado por abusos de ordem física e moral.
As consequências do suicídio são muitas. Vamos informar algumas delas: Continuação do sofrimento em nível maior. Irá para regiões do mundo espiritual de muito sofrimento. Terá recordações, tormentos e pesadelos e a continuidade do ato praticado, tendo lesões a nível perispiritual e essas lesões podem se refletir na próxima reencarnação.
Na pergunta 957 do Livro dos Espiritos vamos encontrar o seguinte:
Quais, em geral, com relação ao estado do Espírito, as consequências do suicídio? E eis a resposta:
“Muito diversas são as consequências do suicídio. Não há penas determinadas e, em todos os casos, correspondem sempre às causas que o produziram. Há, porém, uma consequência a que o suicida não pode escapar; é o desapontamento. Mas, a sorte não é a mesma para todos; depende das circunstâncias. Alguns expiam a falta imediatamente, outros em nova existência, que será pior do que aquela cujo curso interromperam.”
O suicida após concretizar o ato terá como decepção primeira: ver que continua vivo, não conseguiu se matar, matou somente o corpo físico que é matéria, mas a essência que é o espirito continua pela eternidade.
Observa-se também que os efeitos do suicídio não são idênticos. Alguns há, porém, comuns a todos os casos de morte violenta e que são a consequência da interrupção brusca da vida. Há, primeiro, a persistência mais prolongada e tenaz do laço que une o Espírito ao corpo, por estar quase sempre esse laço na plenitude da sua força no momento em que é partido, ao passo que, no caso de morte natural, ele se enfraquece gradualmente e muitas vezes se desfaz antes que a vida se haja extinguido completamente.
As consequências deste estado de coisas são o prolongamento da perturbação espiritual, seguindo-se à ilusão em que, durante mais ou menos tempo, o Espírito se conserva de que ainda pertence ao número dos vivos. A afinidade que permanece entre o Espírito e o corpo produz, em alguns suicidas, uma espécie de repercussão do estado do corpo no Espírito, que, assim, a seu mau grado, sente os efeitos da decomposição, donde lhe resulta uma sensação cheia de angústias e de horror, estado esse que também pode durar pelo tempo que devia durar a vida que sofreu interrupção. Não é geral este efeito; mas, em caso algum, o suicida fica isento das consequências da sua falta de coragem e, cedo ou tarde, expia, de um modo ou de outro, a culpa em que incorreu. Assim é que certos Espíritos, que foram muito desgraçados na Terra, disseram ter-se suicidado na existência precedente e submetido voluntariamente a novas provas, para tentarem suportá-las com mais resignação. Em alguns, verifica-se uma espécie de ligação à matéria, de que inutilmente procuram desembaraçar-se, a fim de voarem para mundos melhores, cujo acesso, porém, se lhes conserva interdito. A maior parte deles sofre o pesar de haver feito uma coisa inútil, pois que só decepções encontram.
A religião, a moral, todas as filosofias condenam o suicídio como contrário às leis da Natureza. Todas nos dizem, em princípio, que ninguém tem o direito de abreviar voluntariamente a vida. Entretanto, por que não se tem esse direito? Por que não é livre o homem de pôr termo aos seus sofrimentos? Ao Espiritismo estava reservado demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram, que o suicídio não é uma falta, somente por constituir infração de uma lei moral, consideração de pouco peso para certos indivíduos, mas também um ato estúpido, pois que nada ganha quem o pratica, antes o contrário é o que se dá, como no-lo ensinam, não a teoria, porém os fatos que ele nos põe sob as vistas.
Na próxima semana continuaremos com o tema.
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