Memes são piadas bobas, que chegam, em geral, pelo Whatsapp (Foto: Pexels, banco de imagens)
Como é bom quando temos vizinhos doces e prestativos, gente que molha as plantas quando estamos viajando, gente que oferece bolo e pão feito em casa em uma terça-feira de noite, por pura gentileza e carinho. Como era bom, quando podíamos confraternizar, receber um abraço apertado de um amigo que não víamos faz tempo. “Que saudade que estou de você, meu amigo”, talvez uma das frases mais carinhosas que se pode ouvir.
Este ano não tivemos muitas saídas para encontros fraternos e nem interagimos com os simpáticos vizinhos que moram ao lado (pedido deles, grupo de risco). Também sinto falta das saladas de fruta que minha sogra nos oferecia todos os domingos, depois do almoço de família, outro evento afetuoso que teve que ser cancelado por conta da pandemia. Sinto falta de dar e receber abraços, repartir o prato com os amigos no churrasco, sinto falta de discutir futebol aos gritos e perdigotos, em um salão de festas com janelas fechadas para não acordar os vizinhos. Uma discussão futebolística deve conter perdigotos. Quanto mais perdigoto, mais razão tem o argumento.
Pois, encontrei um consolo nos memes. Memes são piadas bobas, que chegam, em geral, pelo WhatsApp. São prints de outras redes sociais, comentários inteligentes ou simplesmente montagens divertidas. Os meus bons amigos organizaram um grupo apenas de memes, onde não discutimos futebol ou política, apenas compartilhamos frases e montagens de terceiros, pequenos quadrados visuais que nos aliviam o stress, fazem nosso dia ficar melhor, mantêm alta a moral da tropa. Meme é amor.
Se estou cabisbaixo qualquer dia e recebo, logo de manhã, uma foto de galinhas subindo em um galinheiro com formato de disco voador, com a legenda: “Meu tio fez um galinheiro em forma de disco voador. Agora, todos os dias, parece que as galinhas estão sendo abduzidas”, pronto: meu dia está ganho. Irei dar risada daquilo pelas próximas horas. Ou uma foto antiga de uma mãe e uma filha conversando, a mãe pergunta à filha: “Carolina, sou uma boa mãe?” e a filha responde: “Me chamo Daniela”, kkkkkkk, estou escrevendo isso e achando graça. Ou outro dia, que chegou uma foto de um rapaz no supermercado com o carrinho carregado de bananas, e a legenda dizia: “Finalmente encontrei o João, do livro de matemática que compra 250 bananas sem motivo nenhum”, dou uma risada gostosa.
Sei que escrevendo assim não tem a mesma graça. Mas o ponto é: os memes nos aliviam o stress, nos ajudam a seguir. Recomendo que você saia agora de todos os outros grupos e tenha apenas grupos de memes. Piadas simples e inofensivas, que tornam o dia mais leve. Meme é amor, é afeto, é um bolinho de cenoura que o vizinho deixa na sua porta, uma vontade de melhorar seu dia. É um afago, um abraço virtual, uma declaração de resistência. Vamos passar por isso juntos.
POR: MARCOS PIANGERS – NSC
