Rui Car
16/05/2017 10h45 - Atualizado em 16/05/2017 08h18

A pele desta mulher “derreteu” após ela ter recebido a dose errada de um antidepressivo

Por Good Housekeeping

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Em 2014, Khaliah Shaw, de Snellville, Georgia, começou a ter sintomas de depressão. Ela foi ao médico, que lhe prescreveu um antidepressivo chamado Lamotrigina, que ela prontamente comprou numa farmácia local. O que ela não sabia, no entanto, é que a prescrição mudaria sua vida para sempre.

 

Nas primeiras duas semanas, Shaw tomou o medicamento e tudo parecia estar dando certo. Mas, um dia, as coisas se complicaram: começaram a surgir bolhas por todo o seu corpo, e de repente ela passou a sentir “dores excruciantes”.

 

“Era como se eu estivesse em chamas”, disse Shaw ao canal local 11Alive.

 

Rapidamente, Shaw foi diagnosticada com uma rara, mas séria doença de pele chamada síndrome de Steven Johnson. A doença faz com que a pele morra, caia e se auto cure rapidamente. Ela ficou em coma no hospital por cinco semanas depois do diagnóstico, para permitir que ela passasse pelo processo de descascamento da pele. Quando acordou, sua pele estava cheia de cicatrizes, sua visão havia piorado e suas unhas e glândulas sudoríparas estavam destruídas.

 

“Eu nunca perdi alguém importante para mim, mas acho que o sentimento é parecido com o que tive ao acordar”, disse ela.

 

Então, o que causou esses sintomas assustadores? De acordo com a Mayo Clinic, a síndrome de Steven Johnson é frequentemente desencadeada por uma medicação ou infecção, e Shaw acredita que, no seu caso, o problema foi a dosagem incorreta de Lamotrigina. Apesar dela ter parado de tomar a medicação, os efeitos desta rara doença não são temporários – mesmo agora, três anos depois de sua estadia de 5 semanas no hospital, Shaw ainda luta contra a síndrome de Steven Johnson. Além de não haver cura, ainda há uma chance dela, agora com 26 anos de idade, sofrer uma recaída.

 

Shaw abriu um processo judicial e dois advogados especializados em questões ligadas a erros de medicação a estão representando na justiça. Os advogados alegam que este caso (e outros como ele) é culpa de farmacêuticos distraídos, apressados ou mal treinados, que aviam incorretamente as receitas ou deixam de reparar erros cometidos. Eles dizem que erros desse tipo podem causar sérios problemas de saúde aos pacientes, além de despesas médicas assustadoramente altas. De acordo com o 11Alive, as despesas médicas de Shaw já atingiram a soma de US$ 3.5 milhões.

 

Hoje, enquanto Shaw aguarda os resultados do julgamento, aproveita para contar sua experiência e incentivar outras pessoas a se educarem sobre os perigos dos medicamentos prescritos.

 

“Eu nunca tinha ouvido falar da síndrome de Steven Johnson até ir parar no hospital com a minha pele derretendo”, disse Shaw ao 11Alive. “É importante que saibamos o que estamos colocando no nosso corpo. Sejamos defensores de nós mesmos. Vamos aprender sobre os medicamentos que tomamos. Descobrir os possíveis efeitos colaterais”.

 

 

Heather Finn
Good Housekeeping

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