Rui Car
23/08/2017 16h10 - Atualizado em 23/08/2017 13h58

Professora agredida por aluno já aplaudiu violência contra políticos; Feliciano critica “hipocrisia”

Assista

Assistência Familiar Alto Vale
Gospel Mais

Gospel Mais

Delta Ativa

Um caso de agressão a uma professora de escola pública se tornou um dos assuntos mais comentados no país. Fotos da servidora Márcia Friggi sangrando repercutiram no Facebook e geraram manifestações de solidariedade. No entanto, a apologia da própria professora a agressões a políticos como Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e João Doria (PSDB-SP) suscitaram críticas a ela.

 

O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) publicou um vídeo manifestando repúdio à violência contra a professora, e comentou a postura dela em relação à filosofia pedagógica apoiada por ela e também à ideologia de esquerda na política, pela qual a mesma milita.

 

“Em primeiro lugar, quero deixar aqui meu repúdio total a qualquer tipo de agressão. Nada justifica uma agressão, principalmente uma agressão feita contra uma mentora […] Meu respeito total à classe dos professores, meu repúdio ao ato desse garoto”, afirmou o pastor.

 

Feliciano considerou “hipócrita” o comportamento da professora, e disse ter sido alertado pelos usuários das redes sociais de que Márcia Friggi era uma figura controversa. “Depois de ter compartilhado [a história da agressão] no meu Facebook, as pessoas começaram a reclamar e falaram para que eu entrasse nas mídias sociais da professora”, contou.

 

“Para minha surpresa, quando eu entro nas mídias sociais da professora, o que eu descubro? Que ela é militante de esquerda. Ou seja, ela é uma freireana. É uma professora que segue à risca a linha de Paulo Freire, ‘grande mestre do saber do Brasil’”, ironizou o deputado federal.

 

Recapitulando partes do conceito pedagógico de Paulo Freire, Marco Feliciano disse que “esse aluno que agrediu a senhora, professora, nada mais é do que vítima de um sistema opressor”: “Então, ele [aluno] é o oprimido, porque dentro da classe deve ter muita gente branca, rica… Ele deve se sentir oprimido, rebaixado, humilhado, então por isso, ele a agrediu”, acrescentou.

 

“Paulo Freire disse que a senhora tem que desculpar esse aluno, porque ele é fruto do sistema, a senhora tinha que perdoá-lo. Mas a senhora não fez isso”, criticou, mencionando o fato de a professora ter prometido ir às últimas consequências.

 

Hipocrisia

Feliciano citou trechos de uma entrevista concedida pela professora Márcia Friggi à Rádio Gaúcha, em que ela defende as agressões com ovadas a políticos, especialmente no episódio em que Bolsonaro foi atacado no interior de São Paulo.

 

“Depois da senhora ter pedido para ele sair da classe, ele jogou um livro na senhora. Livro que a senhora disse, em entrevista à Rádio Gaúcha, que foi uma agressão, que ele jogou um objeto. ‘Uma agressão e um desrespeito’. […] Todavia a senhora também disse na mesma entrevisa que jogar ovos em políticos não é agressão e não é desrespeito. É um ato revolucionário. […] Não seria, também, um ato revolucionário um aluno que está na sala de aula, revoltado com a professora, ter jogado um livro nela, porque ele não tinha ovo, então jogou um livro?”, questionou o pastor.

 

“Ora, professora, menos hipocrisia. Nas suas redes sociais a senhora destila o ódio contra os parlamentares. Tem uma postagem da senhora dizendo que odeia João Doria. Eu tenho certeza que a senhora nunca chegou perto dele, mas a senhora o odeia e destila esse ódio nas mídias sociais. Quem planta o ódio, colhe o ódio, professora. Mas, a senhora como boa esquerdista vai dizer que não. Que isso não é pregação de ódio, é liberdade de expressão. Mas, essa liberdade de expressão só presta quando é a senhora que fala”, finalizou.

 

Assista:

Justen Celulares