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Ser pai ou mãe é difícil. Na verdade, é o trabalho mais difícil do mundo. As crianças são influenciadas por tudo ao seu redor – seus amigos, seus professores – mas é inegável que seus pais desempenham um dos maiores papéis na formação do seu futuro. A pressão é grande.
Nenhum pai é perfeito, mas um psicólogo revelou que o tom de voz com o qual você fala com seus filhos, a maneira como organiza suas frases, e os rótulos que dá às crianças podem ter consequências desagradáveis a longo prazo.
A psicóloga clínica Dra. Ma. Lourdes Carandang explicou ao site Inquirer.net que há quatro ações dos pais que podem impactar negativamente a vida dos filhos, mesmo sem a intenção de fazê-lo:
Comparar seus filhos
Você pode amar igualmente os seus filhos, mas se um deles se destaca mais em um determinado campo e você tende a apresentá-lo às pessoas com elogios, mas não faz o mesmo para o irmão, isso pode causar um impacto. Por exemplo, dizer: “Esta é minha filha Camila; ela é muito inteligente” e “Essa é a minha filha mais nova, Mariana” não é a mesma coisa. “Esse é um tipo muito sutil de bullying. É um insulto e rebaixa a outra criança. Os pais podem ser culpados sem perceber,” a Dra. Carandang diz. As crianças notam estas coisas mais do que nós imaginamos.
Usar rótulos
Apelidos engraçados podem parecer inofensivos, mas eles podem deixar uma marca permanente se forem usados com frequência. É claro que você não precisa envolver seus filhos em uma redoma de vidro, mas insultos vindos dos pais podem prejudicar seriamente a autoconfiança das crianças. De acordo com a Dra. Carandang, usar rótulos pode fazer com que o filho desenvolva um ressentimento em relação aos pais e comece a acreditar que realmente é preguiçoso ou burro.
Dar um exemplo de bullying
As crianças não apenas prestam atenção no que seus pais dizem (na maior parte do tempo), mas também estão atentas ao que você faz. Então, se um filho vê um pai tratando mal a mãe, pode começar a pensar que é normal que homens tratem as mulheres como inferiores, e que elas aceitem a situação. “Isso acontece porque a criança molda a si mesma de acordo com o comportamento dos pais,” diz a Dra. Carandang.
Deixar o favoritismo influenciar a disciplina
Embora os pais costumem negar isso, alguns realmente têm seus filhos favoritos, e muitas vezes os erros cometidos por estas crianças não são punidos, diferentemente do que acontece com seus irmãos.
A Dra. Carandang ressalta que quando seus filhos brigam, é fundamental ouvir objetivamente cada um deles para que você possa reagir de forma justa. Mesmo que os irmãos mais velhos, teoricamente, sejam mais sensatos, é importante não negligenciar as suas necessidades emocionais.
“O que nós não vemos é que a origem (do comportamento) pode estar em casa, então precisamos estar conscientes da forma como disciplinamos nossos filhos. Nós precisamos parar de humilhar ou rotular emocionalmente as crianças,” a Dra. Carandang diz.
Rachel Hosie
