Rui Car
10/02/2020 14h30

Quem é Bong Joon-Ho, diretor que venceu o Oscar com ‘Parasita’

Sul-coreano surpreendeu o mundo e entrou para a história do cinema ao vencer 4 estatuetas, incluindo Melhor Diretor e Melhor Filme

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Lucas Jackson/Reuters/Fonte: R7

Lucas Jackson/Reuters/Fonte: R7

Delta Ativa

O diretor sul-coreano Bong Joon-Ho entrou para a história do cinema mundial ao levar para casa a primeira estatueta do Oscar de Melhor Filme para um longa não produzido na língua inglesa.

 

O feito é ainda maior se levarmos em consideração que, após vencer, em maio de 2019, a Palma de Ouro no Festival de Cannes, Parasita se tornou apenas o segundo a ingressar no seletíssimo grupo de filmes que conseguiram conquistar os dois prêmios. Apenas Marty, de 1955, havia conseguido tal façanha na história.

 
 

Para quem acompanha a cena de filmes de terror e suspense independentes (ou o cinema sul-coreano como um todo), o nome já é bastante conhecido, com diversos sucessos que o levaram até mesmo a produzir filmes nos Estados Unidos.

 

 

Com 20 anos de carreira, Bong alcançou prestigio internacional já em seu segundo longa, em 2003. Memórias de um assassino chegou aos cinemas de todo o mundo, ganhando distribuição até no Brasil, e alavancou a carreira do cineasta. O longa também marca o início da parceria entre o diretor e Kang-Ho Song. O ator deixa de participar apenas de um dos projetos conduzidos pelo realizador, representando, mais recentemente, o pai da família de classe baixa de Parasita.

 

Em 2006, o terceiro filme do cineasta se torna um fenômeno ainda maior. O Hospedeiro foi considerado um dos melhores “filmes de monstro” de todos os tempos e é neste momento, também, que Joon-Ho começa a implementar as pitadas de comédia, que ganham seu apse no vencedor do Oscar deste ano.

 

Seis anos depois, um convite mudou completamente os horizontes para o sul-coreano: dirigir um filme dentro de Hollywood. O Expresso do Amanhã foi protagonizado por Chris Evans, já extremamente reconhecido mundialmente como Capitão América.

 

Apesar de algumas críticas por parte de leitores do quadrinho no qual o roteiro se baseia, a crítica social e a história em si fizeram do longa um grande sucesso entre público e crítica especializada. 

 

Veio, então, um novo convite, para um novo filme com grande orçamento. O humor e a crítica ao consumo atual se juntaram a uma leveza pueril e, disso, surgiu Okja.

 

Nova produção, novo sucesso. A mensagem impactou o público e a repercussão positiva seguiu como marca de uma cada vez mais consolidada carreira.

 

Após ajudar a criar e fomentar uma indústria cinematográfica em seu país e fazer sucesso na transição para o maior polo da produção audiovisual do mundo, o passo seguinte de Bong Joon-Ho poderia soar como um retrocesso, mas o retorno à Ásia se mostrou mais um acerto do cineasta.

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