Rui Car
14/02/2017 16h10 - Atualizado em 14/02/2017 13h42

Saiba por que confundimos os nomes de nossos filhos, amigos e colegas de trabalho

Estas confusões são mais prováveis quando as pessoas estão cansadas

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Todos temos um tio que parece repassar toda a lista de sobrinhos até encontrar nosso nome, ou uma colega de trabalho que insiste em nos chamar de “Marta” quando nosso nome é “Maria”. Aparentemente este é um fenômeno que acontece com muita gente. Será que não registramos bem os nomes? Será uma simples distração? Ou nenhum dos dois? Descubra o que uma pesquisa recente revelou sobre este tema.

 

 

Joaquim… não, João… você, José!

Um estudo da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, publicado em 2016 pela revista Memory & Cognition, oferece algumas chaves para entender por que chamamos algumas pessoas pelo nome de outras. Após entrevistar mais de 1.700 participantes, os pesquisadores descobriram que seguimos os seguintes padrões:

 

– Confundimos os nomes das pessoas que estão na mesma categoria de relações. Ou seja, chamamos um amigo pelo nome de outro amigo, e um familiar pelo nome de outro familiar. Isso poderia ser explicado pela forma como nosso cérebro arquiva as informações. Os nomes dos membros da família parecem estar agrupados juntos, enquanto os dos amigos ficam armazenados em uma “estante” diferente, como os livros catalogados em uma biblioteca, explica o site do programa de TV Today ao comentar este estudo. Os erros ocorrem dentro destas categorias.

 

– Às vezes podemos chamar um familiar pelo nome de um animal de estimação, mas só se o animal for um cachorro. Isso se deve ao fato de que os cães respondem a seus nomes com mais frequência do que os gatos, esclarece a autora Sandra Deffler no portal de notícias da Universidade de Duke. Como estes nomes são usados com mais frequência, “estão mais integrados em nossas concepções familiares”.

 

– Estas confusões são mais prováveis quando as pessoas estão cansadas, frustradas ou chateadas.

 

A Dra. Emily Rogalski, especialista em neurociência da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, disse ao Today que este tipo de erro é completamente normal e não representa um sintoma de envelhecimento ou deterioração cognitiva. Ela acrescentou que não se surpreende com o fato de o estresse aumentar a probabilidade de errar o nome das pessoas, já que a fadiga costuma causar confusão no cérebro.

 

Nada pessoal

Um estudo da Universidade do Texas publicado em 2013 pela revista científica PLOS One já havia analisado as possíveis causas destes “lapsos”. Ele descobriu que as semelhanças fonéticas podem contribuir para a confusão (Amanda/Samanta, por exemplo). Por outro lado, as semelhanças físicas não parecem ter qualquer influência. Os pais muitas vezes confundem os nomes de seus filhos mesmo que eles não sejam parecidos, e até quando são de gêneros diferentes.

 

Se você está preocupado com seus esquecimentos, consulte um médico para esclarecer qualquer dúvida.

 

Texto: Carmen Murtagh

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