Vogue
Sasha é do tipo que dispensa muitos parágrafos de introdução em uma matéria jornalística. Ela cresceu – e, sim, apareceu! – sob olhos do público e vem mostrando que é muito mais do que “apenas” a filha de pessoas famosas – no caso, de Xuxa e Luciano Szafir.
Aos 19 anos, a carioca está se descobrindo profissionalmente, mudou totalmente a rotina e o país de residência para estudar moda em uma das mais conceituadas universidades dos Estados Unidos, e já até assinou uma coleção-cápsula em parceria com a Coca-Cola Jeans.
Ainda que tímida, vem mostrando a sua porção modelo em campanhas de moda e joias, como para a H.Stern, se transformou em influencer, virou referência de estilo e acumula (até o momento) mais de 4.5 milhões de seguidores no Instagram. Ah, ela também encontrou um amor para chamar de seu: o ator Bruno Montaleone, por quem vive se derretendo nas redes sociais.
E é sobre todos esses assuntos (e mais!) que fala com exclusividade à Vogue Brasil. Confira abaixo:
Você está há dois anos morando em Nova Iorque. Como é a sua rotina em outro país?
A faculdade é bem puxada. Morar aqui tem seus altos e baixos, sinto muita saudade do Rio [de Janeiro], mas amo a liberdade que tenho aqui.
Qual foi a parte mais difícil dessa mudança?
O mais difícil no primeiro ano, assim que me mudei, foi chegar em casa e não encontrar minha mãe. Mudar a rotina por completo, sabe?
Quando não está na faculdade, o que costuma fazer em NY?
Eu amo festivais, durante o verão tem vários. Gosto de sair para jantar em lugares mais escondidinhos, ir a shows…
A moda tem muitas vertentes, né? Você já decidiu com o que vai querer trabalhar depois de formada?
Então… eu ainda não sei o que quero fazer dentro desse mundo: se quero direção de arte, marketing, business… Mas o bom da minha faculdade é que eu tenho muitas portas, opções e tempo ainda pra escolher.
Pretende continuar morando nos EUA depois que acabar o curso?
Para ser bem sincera, eu não faço a menor ideia. Só agradeço as oportunidades de trabalho que têm surgido e vou ver para onde isso vai me levar, afinal, ainda faltam dois anos.
Do que mais sente saudades do Brasil?
Da minha família, amigos, da natureza… E não preciso nem dizer, né? Do Bruno [Montaleone, seu namorado].
Por falar nele, como estão administrando o namoro à distância? O coração aperta de saudades?
A gente leva um dia após o outro. Nos falamos todo o dia, mas não o dia inteiro. Nós dois temos uma rotina muito corrida… E, claro, o coração aperta.
O Bruno está se destacando muito na novela O Outro Lado do Paraíso e, vez por outra, protagoniza cenas mais quentes. Você assiste? Rola um ciuminho?
Essa é a profissão dele, não faz sentido sentir ciúmes. Quando você ama alguém, o sucesso daquela pessoa vira o seu e vice-versa, não? Além disso, ele nunca me deu motivos para sentir ciúmes.
Ainda que tenha crescido no meio artístico, você passou muito tempo tentando levar uma vida um pouco mais “anônima”, mas nos últimos anos acabou se tornando uma personalidade com muito destaque e influência. Como você lida com essa questão de estar tão em evidência e o que considera o pior e o melhor da fama?
Sério? Que bom! Sou muito desligada e não percebo. Fico feliz que os trabalhos que tenho feito estão dando resultados positivos. Tento sempre dar o máximo de mim em cada um deles. O melhor é a possibilidade de trabalhar ao lado de profissionais que admiro muito e o fato de cada trabalho me abrir portas para outros. O pior? Não tive muitas experiências ruins… Às vezes é chato quando as pessoas acham que você deve alguma coisa a elas ou quando são mal educadas e já chegam com a câmera na sua cara sem nem dizer “Oi, tudo bem?” ou “Bom dia”.
Como lida com os fãs? E com os haters?
Quem me conhece sabe que sou tímida e valorizo muito a minha privacidade e vida pessoal, mas amo receber carinho. Sobre os haters, com o tempo aprendi a não ligar. Não tem porque dar atenção a essa energia negativa.
As críticas te abalam?
Eu cresci nesse mundo, aprendi a me blindar e a lidar com isso. Quando criança, qualquer coisa virava uma tempestade, hoje em dia, principalmente morando em NY, não mais.
Atualmente, por quais causas você acha que vale a pena lutar e usar o alcance da sua voz?
Cresci com o maior exemplo em casa, minha mãe sempre lidou com causas lindas. Tenho essa mesma paixão pelas crianças, idosos, animais, planeta… Não sei se tenho essa “voz”, sempre brinco que acho engraçado ver tanta gente me seguindo, afinal não sou atriz, nem cantora… sou uma aluna, querendo absorver o máximo de informação possível para depois decidir qual caminho quero seguir dentro do mundo da moda. Continuo tímida, mas tenho falado bastante sobre como a indústria da moda tem poluído o mundo. Tenho estudado muito sobre fast-fashion e é muito triste saber que minha paixão profissional está machucando tanto o planeta em que vivemos. Não é que eu só use roupas “eco-friendly”, mas desde que comecei a ler sobre o assunto mudei minha perspectiva não só como designer, mas também como consumidora.
O que você faz para desconectar e para controlar a FoMO (ansiedade e medo de ficar por fora do que está acontecendo no mundo)?
Não fico pensando nisso, não sofro dessa ansiedade. E se por acaso estou em uma fase muito conectada ou desligada do mundo, espero ela passar sem ficar me questionando.
Você segue uma rotina de beleza?
Nada excessivo. Tento sempre hidratar o cabelo, principalmente agora que ele está mais claro.
