Rui Car
02/03/2023 15h12

Solteiros têm mais chances de morrer de insuficiência cardíaca

É o que mostra estudo da Universidade Colorado, nos EUA

Assistência Familiar Alto Vale
Foto: Shutterstock

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Homens solteiros têm duas vezes mais chances de morrer por insuficiência cardíaca no período de cinco anos depois do diagnóstico, de acordo com pesquisadores da Universidade Colorado, nos Estados Unidos. O material será apresentado no Congresso Mundial de Cardiologia, em 4 de março.

 

Os pesquisadores analisaram mais de 6,8 mil adultos norte-americanos, com 45 anos de idade ou mais. E perceberam que os homens casados viviam por mais tempo. Além disso, esse grupo mostra ser menos suscetível à demência e à diabetes tipo 2.

 

Conforme o estudo, a interação social e o isolamento desempenham um papel importante no humor e na saúde. Mas o principal motivo para esse resultado é que os solteiros são menos propensos a ter alguém monitorando sua saúde. Os pesquisadores identificaram a mesma relação em viúvos e divorciados.

 

Como profissionais, precisamos pensar em nossos pacientes não apenas em termos de fatores de riscos médicos, mas também no contexto de suas vidas”, disse Katarina Leyba, médica residente da Universidade Colorado e principal autora do estudo. “Na medida em que nossa população está envelhecendo e vivendo mais, é imperativo determinar a melhor forma de apoiar a população durante o processo de envelhecimento. E isso pode não ser tão fácil quanto tomar uma pílula”.

 

Ainda de acordo com a médica, é preciso adotar uma “abordagem personalizada e holística” no apoio a pacientes, principalmente em casos de insuficiência cardíaca.

 

Condição crônica

 

A insuficiência cardíaca é uma condição crônica em que o coração não consegue mais bombear sangue com eficácia, porque o músculo está enfraquecido. Entre os principais sintomas estão a falta de ar, o cansaço permanente, a tontura ou o desmaio, além de tornozelos e pernas inchados. Algumas pessoas apresentam outros sintomas, como tosse persistente e batimento cardíaco acelerado.

 

Mais de 6 milhões de adultos norte-americanos sofrem com a doença, conforme os Centros de Controle e Prevenção de Doenças. No Brasil, por sua vez, a insuficiência cardíaca afeta mais de 2 milhões de pessoas por ano.

 

O tratamento da insuficiência cardíaca tem o objetivo de controlar os sintomas pelo maior tempo possível e retardar a progressão da doença. Dieta saudável, exercícios regulares, parar de fumar e parar de consumir bebidas alcoólicas, por exemplo, ajudam na melhora do quadro.

 

Fonte: Revista Oeste
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