Rui Car
15/08/2017 08h23

Tatuagens podem fazer você suar menos, e isso não é bom

O suor também tinha uma composição diferente

Assistência Familiar Alto Vale
HyperScience

HyperScience

Delta Ativa

Um pequeno estudo realizado pela Alma College, em Michigan, nos EUA, sugere que ter tatuagens pode afetar o quanto uma pessoa sua, e isso pode ter implicações negativas para a saúde.

 

Por conta da amostra restrita – o estudo envolveu apenas 10 homens saudáveis com idade próxima aos 21 anos, com uma tatuagem em um lado da parte superior do corpo (como em apenas um braço) -, é certamente muito cedo para tirar conclusões. Estudos adicionais devem esclarecer se isso é realmente preocupante, ou não.

 

O estudo

Os pesquisadores estimularam quimicamente as glândulas sudoríparas dos participantes, usando nitrato de pilocarpina. Pequenos discos foram usados para absorver o suor que foi produzido.

 

Após 20 minutos, os pesquisadores descobriram que a pele tatuada gerava cerca de metade da quantidade de suor que a pele não tatuada.

 

O suor também tinha uma composição diferente, contendo cerca de duas vezes mais sódio que o lado não tatuado.

 

Os resultados foram os mesmos para tatuagens novas e velhas.

 

Problema a ser investigado

“Até onde sabemos, este é o primeiro estudo do tipo a documentar alterações na função de transpiração associada à tatuagem”, disse o autor principal da pesquisa, Maurie Luetkemeier, em um comunicado. “No entanto, estamos um pouco cautelosos sobre nossos resultados. O processo que usamos para estimular as glândulas sudoríparas difere do processo normal, que envolve o resfriamento após o aumento da temperatura corporal”.

 

Os cientistas observaram, no entanto, que este estudo poderia fornecer uma prova de conceito para pesquisas futuras.

 

Certamente, isso precisa ser investigado mais a fundo. Muitas pessoas tatuadas podem estar em maior risco de lesões por conta de seus corpos não conseguirem expulsar o calor tão rapidamente.

 

Por exemplo, corredores de maratona, bombeiros e soldados que trabalham em climas quentes podem já estar suando o que é chamado de “máximo absoluto”. Se perderem mais capacidade de suar e ficarem com um máximo absoluto menor, podem se sujeitar a maiores riscos de saúde.

 

O estudo foi publicado na revista científica Medicine and Science in Sports and Exercise. [IFLS]

Justen Celulares