Rui Car
28/02/2017 15h10 - Atualizado em 28/02/2017 13h48

A tecnologia capaz de prender a luz em movimento

As imagens desse mundo congelado em um instante

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Em breve, fará um século em que, na metade dos felizes anos 20, um engenheiro americano chamado Harold Edgerton conseguiu surpreender a todos com suas primeiras fotografias estroboscópicas, onde podia capturar o movimento, usando uma câmera capaz de realizar exposições de um milionésimo de segundo.

 

As imagens desse mundo congelado em um instante, foram vistas por todo o mundo. Durante os anos seguintes, ele continuou sua pesquisa, tornando as câmeras mais rápidas e precisas. Seu trabalho, conhecido hoje como uma prodigiosa união de tecnologia e arte, está exposto em galerias e museus.

 

Imagem icônica de uma bala atravessando uma maçã. Harold Edgerton
 

Muito tempo se passou desde as inovações trazidas pelo trabalho de Edgerton. Hoje, as câmeras são muito mais avançadas do que naquela época. Nos tempos atuais, a velocidade das câmeras foi multiplicada milhares de vezes e elas podem capturar até 100 bilhões de quadros por segundo. É o que se conhece por “Fentofotografia”.

 

 

A luz viaja a quase 300 milhões de quilômetros por segundo. Desenvolver tecnologias capazes de capturar esse movimento implica em construir câmeras que exibam nanossegundos, o que é o mesmo que um bilionésimo de segundo.

 

Há alguns anos, Ramesh Raskar e sua equipe do MIT desenvolveram uma câmera capaz de capturar um trilhão de quadros por segundo. Este tipo de tecnologia nos permite ver os fótons se movendo, se dispersando e desviando de um espelho. Jinyang Liang fez o vídeo que mostramos em seguida na Universidade de Washington.

 

 

Edgerton era capaz de capturar o movimento de uma bala entrando e saindo de uma maçã. No entanto, uma bala disparada por uma pistola ou revólver só atinge 320 metros por segundo. Em apenas 50 anos, desenvolveram essa tecnologia de uma forma que multiplicou várias vezes sua capacidade.

 

Javier Peláez
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