Rui Car
11/10/2017 14h40 - Atualizado em 11/10/2017 13h47

Abel revela visita de Parreira e admite não ter digerido derrota para o Fla na final do Estadual

Técnico tenta recuperar o Tricolo

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Participar de Fla-Flus virou uma sina para o técnico Abel Braga em 2017. À frente do Fluminense, já foram cinco clássicos contra o Rubro-negro. Nesta quinta, terá o sexto duelo pela frente. Sem ainda ter vencido o confronto (faturou a Taça Guanabara nos pênaltis), o treinador admitiu que ainda está com o rival entalado. Principalmente por conta da derrota nas finais do Estadual.

 

– A equipe tem se portado bem contra o Flamengo. Principalmente naquele jogo em Cariacica (o empate em 1 a 1, pelo Estadual). E tem outros que a gente não venceu porque não deixaram a gente levar. Mas vamos ficar por aqui. Não engoli até agora aquela derrota na decisão do campeonato – afirmou Abel, relembrando o polêmico lance do gol de Guerrero (suposta falta de Réver em Henrique na área), que decidiu o título estadual para o Flamengo.

 

Como de costume, o técnico não revelou sua equipe. Fez mistério sobre a participação de Orejuela, que se reapresenta ao clube nesta quinta após defender a seleção equatoriana, e despistou sobre a dupla de zaga. Renato Chaves, que participou do treino, pode retornar ao time ao lado de Reginaldo.

 

O Fluminense precisa da vitória para aliviar a pressão sobre os jogadores. Com 31 pontos, o time pode ocupar a zona de rebaixamento em caso de derrota. Abel procurou retirar o peso sobre os atletas.

 

– O jogo é complicado para os dois. Mas o Flamengo não vai conseguir uma vaga no G-6 por causa desse jogo e nem o Fluminense vai escapar do rebaixamento. Aliás, se não vencermos não é isso que vai fazer a gente cair. Ainda faltam 12 jogos. É muita coisa. Mas não tenha dúvida de que vamos entrar preocupados. Nós precisamos sair o mais rápido possível desse momento.

 

Por mais que Abel tente poupar o grupo, os reflexos do mau momento já são sentidos. Nesta terça, representantes de torcidas organizadas tiveram acesso ao Centro de Treinamento para conversar com os jogadores. Eles foram recebidos pelo zagueiro Henrique e pelo atacante Henrique Dourado. O técnico avaliou como positivo o encontro.

 

– (Os torcedores) Vão apoiar muito. Não sei se foi o presidente que pediu. Mas, pelo que fui informado, foi de um nível muito bom e veio muito apoio. Isso é legal.

 

Abel procurou não se envolver na crise política do clube. Lamentou a saída de Fernando Veiga da vice-presidência de futebol e deixou claro que a escolha do novo ocupante do cargo não passará por ele. Mas revelou ter recebido, nesta quinta, a visita de Carlos Alberto Parreira, que recusou o convite para o posto por conta de compromissos particulares.

 

– Não precisava disso. Mas, por ser um cavalheiro, veio comunicar o motivo pelo qual não poderia aceitar o cargo de vice-presidente de futebol. Está com a agenda cheia de compromissos pelo menos até fevereiro. Até brinquei com ele que depois talvez ele possa vir a ocupar um cargo. Mas ele está torcendo muito para que a gente saia dessa situação.

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