Rui Car
25/04/2017 10h20 - Atualizado em 25/04/2017 08h29

Agora do Inter, Cirino ainda pode custar 3,5 milhões de euros ao Fla no fim do ano

Clube carioca torce por sucesso de jogador e eventual venda em Porto Alegre

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A saída de Marcelo Cirino do Flamengo, enfim, é fato consumado nesta segunda-feira. A negociação veio à tona nos últimos dias e se concretizou rapidamente para obedecer a vontade do jogador e dos clubes – o Inter precisava inscrevê-lo na Copa do Brasil até esta segunda-feira. O empréstimo até o fim do ano, porém, não livra o Flamengo do compromisso assumido com a Doyen no fim de 2014. Está lá em cada balanço financeiro do Flamengo desde a aquisição de Cirino:

 

“O Flamengo assinou, em 31 de dezembro de 2014, contrato com o Clube Atlético Paranaense e com a Doyen Sports Investments Limited (“Doyen”) para a cessão de direitos econômicos e de direitos federativos do atleta Marcelo Cirino da Silva. Caberá ao Flamengo indenizar a Doyen o valor de Euros 3,5 milhões acrescidos de juros de 10% ao ano, caso a Doyen não recupere seus investimentos até 31 de dezembro de 2017”.

 

 

Pelo acordo, o Inter se encarrega do salário de Marcelo Cirino – na faixa de R$ 120 mil mensais – e empresta o volante Eduardo Henrique ao Atlético-PR. De longe, o Flamengo vai torcer pelo sucesso de Cirino. Caso o jogador seja vendido, dependendo do valor da transação, o Rubro-Negro “se livra” da incubência de comprar da Doyen o atleta. Do contrário, o Rubro-Negro paga os 3,5 milhões de euros, mais juros de 10% pelos três anos de empréstimo junto ao Atlético-PR. Neste caso, o Flamengo compra da Doyen Sports e divide os direitos econômicos meio a meio com o Furacão.

 

Revelação do Atlético-PR em 2013 – quando participou da campanha do vice-campeonato na Copa do Brasil daquele ano (perdeu a final para o Flamengo) -, Cirino veio para a Gávea no fim de 2014, comprado com suporte financeiro da Doyen para empréstimo de três temporadas no Fla. Caso o jogador firmasse a ascensão e fosse vendido, os cariocas ficariam com espécie de “taxa de vitrine”, com 20% do valor da transação. A fatia maior ficaria com a Doyen.

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