Rui Car
01/09/2020 09h36

Alan Ruschel recusa oferta do Avaí e permanece na Chapecoense

Reunião na manhã desta segunda-feira define permanência do capitão do time de Umberto Louzer

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Fonte: Globo Esporte SC (Foto: Márcio Cunha/ACF)

Fonte: Globo Esporte SC (Foto: Márcio Cunha/ACF)

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Alan Ruschel não irá para o Avaí neste momento. O lateral-esquerdo não aceitou a proposta do clube da capital e segue na Arena Condá na disputa da Série B e final do Campeonato Catarinense. A opção do jogador foi de permanecer na Chapecoense, onde atuou na metade dos 12 anos como profissional.

 

O destino foi selado em uma reunião que aconteceu na manhã desta segunda-feira. Além de Alan Ruschel, participaram Mano Dal Piva, vice-presidente de futebol, e Neto, superintendente de futebol, que assim como o lateral, é um dos sobreviventes da tragédia aérea da Colômbia.

 

– Essa proposta chegou até mim. A gente analisou e, em comum acordo, achou melhor minha permanência pelo momento que o clube vive, pelo momento financeiro do clube, pela história e por tudo que se envolve. Estou feliz aqui e dei preferência ao clube, assim como sempre dei. Estamos em busca dos nossos objetivos – disse Ruschel. 

 

Nem mesmo os atrasos salariais fizeram Alan Ruschel deixar a Chape. No momento, o débito é de 15 meses de direito de imagem (nove referentes a 2019) e dois meses de CLT. A Chape chegou a manifestar que não impediria o atleta de deixar a Arena Condá se fosse da vontade dele, mas os dois anos de contrato da oferta avaiana não foram suficientes para convencer o lateral.

 

Desde o primeiro momento, no dia 22 de agosto, quando foi procurado por um empresário que apresentou o interesse do Avaí, Alan informou os diretores da Chapecoense sobre a situação e reforçou a intenção de renovar contrato com o clube do Oeste. No entanto, não recebeu uma proposta da direção verde e branca para a uma negociação para ampliação do contrato, que se encerra em dezembro, durante a disputa da Série B.

 

Assim como no início do ano, quando foi procurado pelo CSA, o lateral-esquerdo aceitou ouvir a proposta do Avaí. Algo parecido aconteceu com o técnico Umberto Louzer, que recebeu uma oferta do Náutico após a demissão de Gilmar Dal Pozzo pelo Timbú, no início de agosto.

 

Internamente, a Chapecoense sempre considerou o salário do jogador alto e chegou a manifestar a intenção de liberá-lo para outro clube. Apenas com a proposta do CSA, que envolvia o pagamento de parte do salário pelos catarinenses, ele permaneceu. Paralelamente a isso, se tornou peça importante do time de Umberto Louzer, além de capitão e liderança no vestiário.

 

É consenso que Alan Ruschel faz sua melhor temporada com a camisa da Chapecoense desde 2013, quando também disputou a Série B. Em entrevista coletiva após a derrota para o Cuiabá, Louzer falou sobre a possibilidade de perder o atleta. Foi a única manifestação pública por parte do clube sobre a situação.

 

– Conversei com ele. Tem esse desejo do Avaí. Ele quer permanecer, passamos o caso à diretoria. É o capitão, tem liderança em campo e fora. Foi a primeira derrota com ele em campo, mostra a importância deste atleta. Esperamos com ele no decorrer da competição – falou.

 

Com Ruschel à disposição, a Chape se prepara para o jogo diante do Juventude, que acontece nesta terça-feira, às 20h30, na Arena Condá, pela sétima rodada da Série B. Em seguida, o Verdão do Oeste tem justamente pela frente o Avaí em confronto de domingo, às 11h, em Chapecó. Depois, o time ainda terá as partidas da final do Catarinense diante do Brusque.

 

A ÍNTEGRA DO QUE DISSE ALAN RUSCHEL:

 

– Estou aqui para esclarecer algumas situações que envolveram meu nome nesta semana, de uma possível transferência minha ao Avaí. Em primeiro lugar eu queria falar de um documento, uma autorização que dei a uma empresa (ou empresário), a ouvir essa proposta e trazer até mim, isso é comum e normal dentro do futebol. Eu autorizei, assim como autorizaria se fosse qualquer clube, independente de série. Eu trabalho para isso, trabalho por objetivos profissionais e pessoais, pelo reconhecimento. Sempre tratei isso com muita transparência com a direção desde o primeiro contato. Da minha parte sempre teve o profissionalismo. Essa proposta chegou até mim. A gente analisou e, em comum acordo, achou melhor minha permanência pelo momento que o clube vive, pelo momento financeiro do clube, pela história e por tudo que se envolve. Estou feliz aqui e dei preferência ao clube, assim como sempre dei. Estamos em busca dos nossos objetivos. Se criou uma tempestade em um copo d’água em uma coisa normal no futebol que é a proposta de um clube para um atleta profissional. vida normal. As coistas acontecem. Vida que segue e vamos em busca dos nossos objetivos assim como a gente sempre fez.

 

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