Rui Car
06/07/2018 09h20 - Atualizado em 06/07/2018 08h49

Apesar do receio de Tite em pênaltis, goleiros brasileiros têm desempenho melhor do que Courtois

O Brasil conta com goleiros acostumados a levar a melhor contra os batedores

Assistência Familiar Alto Vale
Extra

Extra

Delta Ativa

Na véspera de uma partida em que o futuro da seleção pode ser decidido nas penalidades, o técnico Tite foi claro: não gosta desse tipo de disputa. Mas já que não tem como contar com a sorte, ele assegura que a equipe está preparada. Apesar da preocupação, não há razão para tanto temor. Ao menos, no que diz respeito aos goleiros. Caso o duelo com os belgas não se resolva em 120 minutos, o Brasil conta com goleiros acostumados a levar a melhor contra os batedores.

 

Na atual temporada, Alisson já teve que encarar sete cobranças durante as 52 partidas disputadas tanto pela Roma quanto pela seleção. Defendeu duas. Os 28,5% de aproveitamento podem parecer pouco. Mas é mais do que o belga Courtois conseguiu no mesmo período. Em 48 jogos por Chelsea e Bélgica, não defendeu nenhuma das três cobranças.

 

— Batida de pênalti é o cão, cara. Para mim, um jogo não poderia terminar em penalidades máximas. Não vejo ali um atributo que te credencie. Outra forma, não sei. Mas treina-se, sim, porque batida de pênalti é uma técnica desenvolvida e associada ao controle emocional — opinou Tite.

 

Editoria de arte do Extra
Editoria de arte do Extra

 

Ainda que um imprevisto tire Alisson de uma eventual disputa por pênaltis, Tite pode seguir tranquilo. Afinal, seus reservas tiveram desempenho ainda melhor. Em 46 jogos na última temporada, Ederson defendeu três de cinco cobranças (60% de aproveitamento). Cássio já encarou duas decisões por penalidades com o Corinthians e agarrou quatro em 11. Ou seja: 36,6%.

 

Editoria de arte do Extra
Editoria de arte do Extra
Editoria de arte do Extra
Editoria de arte do Extra
Editoria de arte do Extra
Editoria de arte do Extra

 

Entre os jogadores, há equilíbrio

A importância de ter goleiros eficientes em pênaltis é grande. Afinal, entre os jogadores, o equilíbrio é maior. Titulares de Brasil e Bélgica tiveram desempenhos semelhantes ao longo da última temporada.

 

Na seleção brasileira, os treinos de cobrança de pênalti acontecem quando a imprensa já não tem mais acesso aos trabalhos comandados por Tite. Neymar é o primeiro cobrador da equipe e certamente participará de uma disputa por pênaltis, caso seja necessário. Não será um problema para ele. Na temporada 2017/2018, ele acertou as cinco cobranças feitas.

 

Em boa fase na seleção, Philippe Coutinho também é um nome bem cotado para a lista de batedores. Foi dele a cobrança de pênalti (convertido) na ausência de Neymar, no amistoso contra a Rússia. Também acertou um pelo Barcelona.

 

Willian, com 100% de aproveitamento em seus dois pênaltis na temporada, também deve participar. Assim como Marcelo, que nos últimos 12 meses não realizou nenhuma cobrança.

 

Gabriel Jesus é o ponto fora da curva: perdeu os três que cobrou pelo Manchester City. Seu reserva, Firmino, não foi muito melhor: acertou um em três tentativas.

 

Na Bélgica, Hazard acertou todos os seis que tentou. De Bruyne (cobrou um) e Carrasco (dois) também têm 100% na temporada. Já Mertens, errou apenas um dos seis batidos com a camisa do Napoli. De todos, o pior desempenho é do astro Lukaku: acertou um em dois.

Justen Celulares