Rui Car
13/11/2019 11h14

Asprilla diz que traficante se ofereceu para matar paraguaio Chilavert após jogo em 1997

Revelação foi feita em uma minissérie de TV sobre a vida do ex-atacante colombiano

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Globo Esporte

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O ex-atacante Faustino Asprilla revelou que um narcotraficante se ofereceu na década de 90 para matar o então goleiro e ídolo da seleção paraguaia José Luis Chilavert. A surpreendente declaração aconteceu em uma minissérie sobre a vida do antigo astro colombiano, hoje com 50 anos, que atuou na Europa e também no futebol brasileiro defendendo Palmeiras e Fluminense.

 

O episódio teria acontecido em 1997 após uma partida no Defensores del Chaco (Paraguai 2 x 1, dia 2 de abril), válida pelas Eliminatórias para o Mundial do ano seguinte, na França. A Albirroja vencia por 1 a 0 quando Asprilla e Chilavert se estranharam dentro da área. O goleiro agrediu o colombiano, que revidou em seguida. Como a bola estava em jogo, o árbitro pernambucano Wilson Souza de Mendonça deu o pênalti para a Colômbia e expulsou os dois jogadores. Na saída do campo, Chilavert foi até o banco de reservas onde já estava Faustino e deu novo soco no adversário, dando início a uma grande confusão no gramado.

 

 

Asprilla Atlético Nacional entrevista — Foto: Mauricio OliveiraAsprilla Atlético Nacional entrevista — Foto: Mauricio Oliveira

Asprilla Atlético Nacional entrevista — Foto: Mauricio Oliveira

 

Naquela noite, o ex-atacante revelou que recebeu uma ligação em seu quarto do hotel onde estava a delegação cafetera. Tratava-se de Julio César Correa Valdés, um membro do Cartel de Medellín, que lhe convidou para ir ao hotel, também em Assunção, onde se encontrava hospedado. Asprilla contou que foi ao local juntamente com seu companheiro de seleção Victor Hugo Aristizábal (ex-São Paulo, Santos, Vitória, Cruzeiro e Coritiba) e lá chegando encontrou outros dois homens. Irritado com a atitude de Chilavert, Valdés foi direto ao assunto:

 

– Precisamos que você nos autorize a que esses dois (dois matadores profissionais) fiquem aqui em Assunção para matar aquele gordo Chilavert – disse Valdés para espanto de Asprilla.

 

Assustado com a proposta, o então camisa 11 do selecionado da Colômbia teria dito a Valdés que era loucura, que não poderia fazer tal coisa, que aquilo acabaria com o futebol colombiano, e que o que acontecia no campo ficava no campo. Faustino Asprilla, então, teria enfim convencido o traficante e, por consequência, salvo a vida do histórico goleiro da seleção paraguaia.

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