Rui Car
29/02/2020 10h38

Atlético-MG precisa lucrar R$ 807 mil por jogo para atingir previsão de bilheteria

Galo traçou R$ 18,5 milhões de arrecadação das bilheterias das partidas; clube, até o momento, acumula prejuízo de R$ - 71 mil e terá no máximo mais 23 jogos em casa no ano

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Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG

Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG

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As consequências da dupla eliminação do Atlético-MG em fevereiro são vistas claramente com uma desmontagem do departamento de futebol. Demissões em massa que colocam o presidente Sérgio Sette Câmara no pior momento da gestão. E o cenário é de dificuldades financeiras. O orçamento para 2020 fica claramente comprometido. Além da arrecadação de premiações, dificilmente o Galo conseguirá traçar a projeção de bilheteria. São R$ 18,5 milhões previstos, mas até agora, o clube está é no prejuízo.

 

O Atlético-MG fez apenas quatro partidas em casa nesta temporada e só teve renda líquida na bilheteria quando enfrentou a Caldense no Mineirão. Os outros três jogos, incluindo o confronto contra o Unión no Independência, ficaram no vermelho. O saldo é de – R$ 71.030,95 até o momento. E restam no máximo 23 jogos em casa para o Galo fechar a temporada.

 

Assim sendo, para conseguir concretizar a previsão dos R$ 18,5 milhões, o Atlético precisaria ter um lucro médio de R$ 807.436,12 por partida. O que parece perto do impossível, uma vez que essas cifras são vistas apenas em clássicos contra o Cruzeiro, e olhe lá. Na próxima semana, inclusive, haverá o primeiro dos três possíveis Atlético x Cruzeiro em 2020.

 

 

Por falar nisso, das 23 partidas em casa que o Atlético pode fazer na temporada, apenas 21 são garantidas. Além das 19 pelo Brasileirão, haverá Cruzeiro no Mineirão e depois Patrocinense na última rodada da fase de classificação do Mineiro. As outras duas seriam na semifinal e na final do Estadual.

 

Em 2019, o próprio Atlético avaliou negativamente os recursos advindos da bilheteria. Não à toa, quer relançar o programa de sócios-torcedores e mandar mais jogos no Mineirão. Entretanto, futebol pobre afasta o torcedor do estádio e seria preciso grande campanha nos pontos corridos para a receita de venda de ingressos ter relevância no fluxo de caixa do Galo.

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