ESPN
O UniCEUB /Brasília resolveu inovar no NBB. E não só vem divertindo sua própria torcida como também vem conseguindo distrair e atrapalhar os adversários com o que o próprio clube apelidou de ‘cortina da distração’.
A ideia é simples: sempre que um jogador adversário vai arremessar um lance livre, uma cortina se abre atrás da tabela. Atrás do pano aparece de tudo para tirar a concentração do atleta do outro time. Um homem vestindo apenas fraldas, um cover de Marylin Monroe ou um jogador de futebol americano que dança sem parar.
A ação ocorreu no ginásio de Brasília na última quarta-feira. O jogo, porém, acabou em derrota do time da casa para o Vitória por 78 a 70.
Mas, além das risadas da torcida, a iniciativa rendeu elogios até da equipe adversária. O Brasília, porém, seguiu como líder da competição.
“Muitas vezes vai conseguir atrapalhar, porque tira o foco. Quando abre a cortina ali, chama a atenção. Impossível não olhar. É tão engraçado. Você vê um cara de samba canção brigando com o outro, não tem como não olhar”, admitiu Edu Mariano.
E não demorou para a cortina da distração ter resultados na prática. Logo na primeira oportunidade, o ala André Góes errou dois de três lances livres arremessados.
“Impossível não olhar. Se eu fosse o primeiro a arremessar teria errado também”, brincou o ala Arthur Belchor, que jogou dez anos na equipe brasiliense. “Todos estão de parabéns, os jogadores comentaram no vestiário que o basquete brasileiro precisa de mais ações assim, ficou muito legal”, concluiu Belchor.
Segundo a direção do Brasília, a ideia surgiu para acompanhar tendências de grandes eventos esportivos. “Temos enxergar um jogo também como entretenimento, e criar fatos que divirtam o público e criem oportunidade para as pessoas voltarem. Queremos ter um espetáculo que transborde o basquete”, explicou Bernardo Bessa, gerente de marketing da equipe.
A cortina da distração vai ocorrer durante o resto da temporada do NBB, e a torcida brasiliense também poderá se inscrever para participar.
Na partida contra o Vitória, os candangos começaram outra ação que vai permanecer até o fim da participação no NBB: as noites temáticas. Contra o rubro-negro, a cultura baiana foi homenageada. O ginásio da AsCEB foi enfeitado com 3 mil fitas do Senhor do Bonfim, e as caixas de som tocaram axé durante os intervalos. Nas lanchonetes a torcida teve à disposição acarajé, água de coco e cocadas.
O UniCEUB/Brasília volta a jogar como mandante nesta sexta-feira (3/2), contra o Basquete Cearense, às 20h, no ginásio da AsCEB.
