O Brusque venceu o Vila Nova-GO neste sábado (02), em Goiânia pelo placar de 3 a 0. A nota triste foi registrada pelo clube catarinense que, por meio do seu atacante Jefferson Renan, relatou um caso de injúria racial por parte de um dirigente do time goiano.
Com a vitória o Marreco assumiu a liderança do Grupo A com seis pontos em quatro jogos. O outro duelo da chave acontece neste domingo, entre Santa Cruz x Ituano.
O jogo
Depois de uma série interminável desde a última vitória – em outubro, diante do São Bento – o time de Jersinho Testoni voltou a triunfar na competição.
E a hora não poderia ser mais apropriada: restando, com esse, dois jogos para o término da fase o time do Vale do Itajaí passa a depender só de si para ir à Série B do futebol nacional.
Thiago Alagoano, duas vezes, e Marco Antônio marcaram para o time catarinense.
Na rodada seguinte o Brusque recebe o Ituano, no estádio Augusto Bauer, na outra segunda-feira (11). O Vila Nova, que ficou para trás, recebe o Santa Cruz dois dias depois.
Injúria racial
O que era para ser comemorado em Santa Catarina foi parar na delegacia de polícia. Isso porque o time do Vale do Itajaí afirma que o atacante Jefferson Renan foi chamado de macaco por um dirigente da equipe adversária.
Segundo a assessoria de comunicação do Brusque, o dirigente, que não teve o nome informado, teria dito “levanta daí seu macaco” para o atacante quadricolor.
Além do jogador, mais duas pessoas teriam admitido terem escutado o dirigente proferir os xingamentos.
Goianos se defendem
Em entrevista concedida à rádio Bandeirantes de Goiânia, um dirigente que não teve o nome divulgado, revelou que “ninguém ouviu” a ofensa. Disse ainda que Jefferson Renan não contou ao árbitro.
Até a publicação da matéria, a súmula da partida não havia sido divulgada. Em contato com a assessoria do Vila Nova, depois das 21h, a reportagem obteve o retorno. Os goianos negam a acusação, mais uma vez.
Segue a nota do Vila:
No segundo tempo da 4ª rodada da 2ª fase da Série C 2020, em partida entre Vila Nova e Brusque no Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga (OBA), em Goiânia, a assessora de imprensa do clube visitante acionou a polícia alegando que um membro da diretoria vilanovense teria proferido palavras injuriosas de cunho racista em desfavor do atleta Jefferson Renan, camisa 20 do time catarinense.
Ao término da partida, o próprio atleta, ao ser consultado pela Polícia Militar, negou o ocorrido e não confirmou a acusação. Vale ressaltar que a denunciante não apresentou prova e a situação está sendo apurada pelas autoridades. Cumpre frisar que ninguém ao redor aduziu ter ouvido qualquer ofensa proferida.
O Vila Nova Futebol Clube repudia todos os tipos de atos preconceituosos em qualquer forma de manifestação. O clube reafirma frequentemente, com ações práticas, o combate ao racismo, como no seu terceiro uniforme “Manto Do Povo” estampado com a frase Vidas Negras Importam, reforçando seu histórico de luta popular, inclusão social e respeito.