Rui Car
24/12/2018 11h05 - Atualizado em 24/12/2018 11h06

Campeão, mas pode evoluir: veja alguns pontos que Felipão quer melhorar no Palmeiras para 2019

Comissão técnica planeja trabalhos específicos durante a pré-temporada

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Palmeiras superou recordes na conquista do Campeonato Brasileiro após a chegada de Luiz Felipe Scolari, que encurtou etapas e tornou o time mais agudo. Mas, mesmo com o título, a comissão técnica reconhece que ainda há algumas questões a evoluir na próxima temporada.

 

– Trabalhamos muito pouco algumas situações porque não tínhamos tempo. São situações que podemos e vamos trabalhar ainda mais para essa característica de verticalidade da nossa equipe – diz Paulo Turra, auxiliar e braço-direito do treinador.

 

 

Palmeiras de Felipão fica pouco com a bola em seu campo de defesa. Em vez disso, prefere ligações diretas ao ataque, buscando um pivô (Deyverson ou Borja) que disputa a posse mais próximo da área à espera do avanço do time. Isso não deve mudar.

 

 

Foi desse jeito que o Palmeiras fechou o Brasileirão com o melhor ataque: 64 gols marcados. Indiretamente, com uma defesa menos exposta – e treinada para marcações individuais, não por zona –, foi também a equipe menos vazada, com 26 gols sofridos.

 

– Após o treino, a gente faz complemento com alguns setores, e eu fico responsável pelo setor defensivo. Trabalho linha, intensidade, bola aérea, cobertura horizontal, cobertura vertical – conta Turra, que, ao final de um jogo da reta final do campeonato, ouviu o lateral-esquerdo Victor Luis dizer que havia lembrado de uma orientação sua sobre como fechar linhas de passe.

 

– Não são exercícios trabalhados à exaustão, mas sempre mentalizando o processo – disse Turra.

 

 

Exemplos do que pode melhorar

Para a comissão técnica, apesar de se propor a um estilo de jogo mais vertical, o Palmeiras pode, em determinadas situações, ter um pouco mais de paciência com a bola.

 

– Se não deu para completar a transição, vamos ter a posse de bola, trabalhar de um lado, trabalhar do outro, e aí infiltrar. Não tivemos tempo para trabalhar isso – explica o auxiliar técnico.

 

– Outra coisa que trabalhamos muito pouco é quando nosso jogador chega à linha de fundo – complementou Turra.

 

 

Ainda é possível, na avaliação da comissão técnica, melhorar o entrosamento dos laterais com os homens de ataque. O Palmeiras quer que, nas jogadas de profundidade, existam duas ou três opções bem ensaiadas para a conclusão a gol.

 

 

– O jogador que está dentro da área, ele também vai saber se o Mayke vai jogar para trás, no primeiro ou no segundo pau. Vamos trabalhar essas situações, vamos evoluir esse aspecto.

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