Casão questiona contratação de Felipão pelo Palmeiras

– Eu olho o planejamento e o que o clube quer do rendimento de seus jogadores. Contrata o Roger, fez um projeto, melhor campanha na Libertadores, está bem no Brasileiro, na Copa do Brasil, tem a parada da Copa do Mundo, volta, joga três jogos, perde para uma grande equipe como o Fluminense… e demite o treinador. Ai trás um técnico de trabalho completamente oposto.

”Fico pensando: qual a ideia que a direção do Palmeiras tem para essa equipe? O que eles querem? Que tipo de treinador querem? O que tem mais contato e é próximo dos jogadores? Ou o que manda mesmo e o jogador cumpre?”, disse.

O ex-jogador foi além. Em sua opinião, a demissão de Roger ainda foi resquício da derrota em casa para o Corinthians na final do Campeonato Paulista. O Palmeiras ficou com o vice-campeonato.

– Não dá para trazer treinador de impacto só para balançar o ambiente, fazer barulho e não pensar no projeto. Perdeu o Paulista em casa para o Corinthians, só aconteceu isso.

”Parece que não engoliram aquela derrota. Não vejo motivo em cima dos outros resultados”.

Para Wagner Vilaron, a opção por Felipão não passa por estatísticas. E sim porque Roger havia perdido o controle do elenco.

– Acho que a resposta para a opção pelo Felipão não está nas estatísticas. Está nos bastidores. Falamos com pessoas que transitam nesse universo e me parece que a ideia é essa. Quando começaram a perceber um grupo mais disperso, o rendimento nunca chegou perto do que a diretoria imaginava… Entenderam que o Roger já não estava conseguindo ter essa liderança.