Rui Car
21/11/2017 10h20 - Atualizado em 21/11/2017 08h12

Cauteloso, Follmann crê que natação pode trazer redescoberta dentro do esporte

"Não consigo me ver como ex-atleta"

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Sobreviventes da tragédia com o avião da Chapecoense no fim do ano passado, Jakson Follmann e Neto foram convidados do “Bem, Amigos!” na noite desta segunda-feira. E, com o acidente prestes a completar um ano, o ex-goleiro falou sobre sua vontade de se redescobrir como atleta. Com a perna direita amputada e fragilidades no tornozelo esquerdo, um esporte de menor impacto pode surgir como alternativa: a natação.

 

– Não consigo me ver como ex-atleta, tanto que acompanho o dia a dia do clube. É muito cedo para pensar em Paralimpíada. É muito recente, tenho seis, sete meses de cirurgia (no tornozelo esquerdo). Preciso respeitar meu corpo, tive 13 fraturas.

 

– Acho que tenho que dar tempo ao tempo, mas quero fazer natação, é um esporte bacana porque não tem muito impacto. Não posso correr, no máximo fazer um trotezinho, e a natação pode me trazer de volta, a ter uma vida mais saudável. Hoje me alimento como atleta, mas não consigo queimar. Estou muito ansioso para voltar.

 

Follmann voltou ao gol da Chape a pedido do Globoesporte.com (Foto: Cahê Mota/Globoesporte.com)Follmann voltou ao gol da Chape a pedido do Globoesporte.com (Foto: Cahê Mota/Globoesporte.com)

Follmann voltou ao gol da Chape a pedido do Globoesporte.com (Foto: Cahê Mota/Globoesporte.com)

 

Follmann, que há alguns dias treinou com bola pela primeira vez após o acidente a convite do GloboEsporte.com, detalhou as dificuldades que enfrenta para voltar a praticar esportes.

 

– Preciso me redescobrir dentro do esporte. Tenho uma complicação no tornozelo esquerdo, perdi 80% dos movimentos. Não posso ter muito impacto. Tenho uma haste de 26 centímetros, perdi osso, tenho quatro parafusos e enxertei pele. Era para ter amputado. Por incrível que pareça, a prótese ajuda meu tornozelo – concluiu.

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