Nada de gol, eliminação e vaias dos dois lados… Teve um gosto amargo para Henrique Dourado seu reencontro com o Fluminense. Em seu primeiro Fla-Flu com a camisa rubro-negra, o camisa 19 passou em branco, não foi bem e terminou substituído no segundo tempo.
Xingamentos no aquecimento e abraços
Não foi uma noite alegre para o Ceifador no Nilton Santos. Durante o aquecimento no gramado, antes de a bola rolar, o atacante ouviu alguns xingamentos de um pequeno grupo de tricolores no Setor Oeste, ignorou.
No túnel de acesso ao gramado, abraços e sorrisos no reencontro com os ex-companheiros. Educado, Dourado falou com quase todos os tricolores e fez questão de ir ao banco adversário cumprimentar o técnico Abel Braga. Fez o mesmo com membros da comissão técnica.
Julio Cesar para o Ceifador
Dourado se esforçou e fez um primeiro tempo razoável. Poderia até ter saído como herói, caso Julio Cesar não tivesse feito grande defesa em chute próximo à marca de pênalti. Além do lance, teve tentativa pela linha de fundo e uma cabeçada fraca. Foram três finalizações nos primeiros 45 minutos, mas faltou o principal: o gol.
Vaias dos dois lados
O Flamengo até melhorou no segundo tempo, mas Dourado teve pouca participação. Discreto, passou quase que despercebido em campo. É verdade que pouco foi acionado na etapa final.
Foi substituído por Felipe Vizeu aos 32 minutos. Na saída de campo, um grande coro de vaias das duas torcidas. Obviamente, mais rápido e discreto do lado rubro-negro, em que os torcedores pareciam divididos quanto ao Ceifador. Os tricolores, por sua vez, em um misto de desabafo e euforia pela vitória parcial, se estenderam e também xingaram o agora jogador do Flamengo.
Ceifada discreta e muita vibração
Foi do banco que Dourado viu o Flamengo ensaiar uma reação. Após o gol de empate de Everton, aos 40 minutos da etapa final, ele foi o primeiro a abraçar o companheiro. Arriscou, discretamente, a sua tradicional ceifada, mas não completou o gesto. Em seguida se virou para os torcedores e pediu apoio. A torcida atendeu. A equipe não conseguiu virar e caiu na Taça Rio.
Em nove jogos pelo novo clube, Dourado marcou quatro gols – três deles em cobranças de pênalti. Os gols que sobraram no Fluminense ainda não são constantes pelo Rubro-Negro. É difícil dizer se o Ceifador está pressionado, ainda mais com a volta de Guerrero aos treinos. Mas é nítida sua vontade de vingar no Flamengo.