Rui Car
18/06/2020 10h40

Chape é condenada a pagar R$ 800 mil a família de fisioterapeuta morto em acidente aéreo

Rafael Gobbato foi uma das 71 vítimas do voo que levava delegação para final da Sul-Americana, na Colômbia, em 2016

Assistência Familiar Alto Vale
Fonte: Globo Esporte

Fonte: Globo Esporte

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A família do fisioterapeuta gaúcho Rafael Gobbato ganhou na Justiça o direito de receber indenização de R$ 800 mil da Chapecoense pelo acidente aéreo em 2016 que matou 71 pessoas na Colômbia. Cabe recurso à decisão. O clube afirma que respeita a decisão e não dá mais detalhes sobre o processo (veja nota abaixo).

 

A informação foi revelada pelo irmão de Rafael, Glauber, nas redes sociais. Em contato com o GloboEsporte.com, ele e o advogado da família, Márcio Floriano, confirmaram o resultado do julgamento e o valor da indenização.

 

– Estamos com um sentimento de justiça e certo alívio depois desse julgamento favorável. Participar das audiências é doloroso, porque nos traz a memória dessa tragédia que tirou a vida muito cedo do meu irmão. Mesmo sendo o primeiro passo, recebemos o julgamento aliviados e ao mesmo tempo esperançosos de que os tribunais confirmem a justiça feita na sentença – afirma Glauber.

 

De acordo com o familiar do fisioterapeuta, em nenhum momento dos quatro anos que separam a queda do avião da LaMia na cidade de La Unión, próxima a Medellín, houve contato do clube catarinense para fornecer algum tipo de apoio.

 

– Nenhum telefonema, nenhuma carta, nenhum auxílio psicológico aos meus pais e à esposa do meu irmão. Foram quatro anos de silêncio. Torcemos muito pela Chapecoense por todo o carinho que meu irmão tinha. Ele era colorado, mas o coração dele tinha virado Chape. Então, temos profundo respeito pela instituição e torcida, mas acredito que as pessoas que vieram após o acidente foram relapsas com nossa família – conta Glauber.

 

Contatada pelo GloboEsporte.com, a Chapecoense encaminhou uma comunicado. Confira:

 

“A Chapecoense mantém seu posicionamento de respeitar não só as decisões judiciais proferidas, bem como o direito das famílias questionar seus direitos perante a mesma. Manteremos nosso posicionamento de não explicitar dados processuais referentes estas ações, visando justamente respeitar o sigilo existente dos processos, culminando com o respeito e solidariedade que tempos pelas famílias das vítimas do fatídico acidente.”

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