Rui Car
06/03/2017 08h37

Chape é recebida com muitas palmas após maratona de 30h até Venezuela

A cena já tinha acontecido no Panamá

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Globo Esporte

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Depois da maratona, o carinho. A Chapecoense foi recebida com salva de palmas e tratamento especial em Maracaibo para estreia na Libertadores. Assim que chegou à Venezuela, o clube percebeu que qualquer rivalidade ficará somente para quando a bola rolar, terça-feira, às 21h30 (de Brasília), diante do Zulia, pela abertura do Grupo 7. Antes disso, o governo local se colocou à disposição para toda necessidade da delegação, que encarou quase 30 horas de viagem. 

 

Da saída de Chapecó, na noite de sábado, após a vitória por 2 a 0 sobre o Criciúma, até o pouso em Maracaibo, a Chapecoense fez ainda longas conexões em São Paulo, onde passou a primeira noite, e na Cidade do Panamá. O desembarque na Venezuela aconteceu por volta da 1h da madrugada (horário local, 2h de Brasília). Ainda no saguão, antes mesmo de passar pela imigração, os jogadores foram bastante assediados. 

 

A cena já tinha acontecido no Panamá, quando a passagem dos homens de verde atraía celulares de curiosos e até novos torcedores, como uma família chilena que fez questão de prestar solidariedade pelo acidente de 29 de novembro. As baixas no grupo que chegou a Maracaibo são Wellington Paulista e Andrey Girotto, que tiveram problemas na documentação ainda em São Paulo e são esperados durante a segunda-feira. 

 

Luiz Antonio, Diego Renan, Chapecoense (Foto: Cahê Mota)Luiz Antonio e Diego Renan são tietados por venezuelanos na chegada do time a Maracaibo (Foto: Cahê Mota)

 

Jogador mais experiente do elenco e com mais de 50 jogos entre Champions League e Liga Europa, Arthur Moraes falou sobre a desgastante viagem, mas a tratou com naturalidade. Apesar do cansaço natural, o goleiro garantiu que o episódio não influencia no desempenho em campo: 

 

É muito diferente. São várias escalas, jogamos em um continente muito grande, mas tudo isso faz parte do preço de jogar uma Libertadores. Com certeza, na terça-feira estaremos preparados, independentemente do quão longa foi a viagem” Arthur Moraes, goleiro da Chapecoense.
 

– É muito diferente. São várias escalas, jogamos em um continente muito grande, mas tudo isso faz parte do preço de jogar uma Libertadores. Com certeza, na terça-feira estaremos preparados, independentemente do quão longa foi a viagem. 

 

Invicta a cinco partidas, a Chapecoense chega para estreia na Libertadores em situação bem mais confortável da que se apresentava há um mês. Se ficou difícil disputar o título do primeiro turno do Catarinense com o Avaí, Vagner Mancini ao menos aproveitou para arrumar a equipe, principalmente defensivamente, e Arthur celebra a melhora. 

 

– Viemos nessa evolução dentro dessa reconstrução. Uma estreia é sempre diferente, mas é uma oportunidade boa de fazer um resultado e pontuar nos dois jogos em casa para fazer uma participação importante dentro do grupo. 

 

Douglas Grolli, Chapecoense (Foto: Cahê Mota)Douglas Grolli durante o desembarque da Chape: jogadores treinam nesta segunda na Venezuela (Foto: Cahê Mota)

 

Para a estreia na Libertadores, a Chapecoense não terá Amaral, que passou por cirurgia no joelho e ficará cerca de seis meses no departamento médico. A tendência é que Luiz Antonio seja seu substituto. Nesta segunda-feira, Vagner Mancini comanda atividade no estádio Pachencho, palco do duelo com o Zulia. No mesmo dia, a Conmebol divulgará a lista de inscritos na competição, e a Chape terá, além dos 23 que estão na Venezuela, Neto, Alan Ruschel, Zeballos, Rossi e os garotos Hiago, Lucas Mineiro e Perrotti.

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