Globo Esporte
“Cada jogo é encarado como se fosse uma final”. O clichê, mais do que nunca, virou ordem na Chapecoense. Com o calendário apertado, o clube começou 2017 com oito competições previstas e definirá o futuro em quatro delas em maratona que começa quinta-feira, contra o Nacional, no Uruguai, pela Libertadores, e só termina no fim de maio. Serão 11 jogos em 34 dias, que vão definir o saldo do semestre e os rumos do ano. Já eliminado na Primeira Liga, o Verdão projeta terminar a sequência com dois troféus – Estadual e Recopa – e vivo na Copa do Brasil e Libertadores. Cenário perfeito para quem colocará à prova o trabalho de reconstrução que teve início em 6 de janeiro.
Os próximos 15 dias preveem duas decisões que a Chapecoense encara com atmosfera positiva. Melhor em todos os quesitos no Campeonato Catarinense, tem pela frente o Avaí nos próximos dois domingos – em Florianópolis e depois na Arena Condá – com a vantagem de resultados iguais para levantar o sexto título estadual e primeiro bicampeonato de sua história. O momento é amplamente favorável para o time de Mancini, que atropelou rivais no segundo turno e viu o Leão da Ilha ratear mesmo contra adversários mais modestos.
Em caso de título, porém, o tempo para festa será mínimo, já que no próprio domingo da finalíssima, dia 7 de maio, a delegação segue para Colômbia, onde encara o Atlético Nacional, em Medellín, pela Recopa. Com a vitória por 2 a 1 na Arena Condá, o empate é suficiente para que a Chape conquiste o segundo troféu internacional de sua história. Junte a vantagem o fato dos colombianos viverem péssimo momento na Libertadores, com três derrotas em três jogos, o pior início de um campeão nos moldes atuais.
A situação favorável das decisões não se aplica na Libertadores. Com Nacional e Lanús fora de casa pela frente, antes de encerrar a participação na primeira fase recebendo o Zulia, a Chapecoense terá que mostrar que é forte também fora da Arena Condá para avançar às oitavas de final. O confronto direto com os uruguaios, quinta-feira, no Parque Central, já tem contornos de mata-mata e um tropeço complicará bastante a vida dos brasileiros. Pontuar nas duas partidas como visitante é determinante para levar a decisão para Chapecó, diante dos venezuelanos.
Neste intervalo, o time de Vagner Mancini dá o pontapé inicial também para as disputas nacionais e já com parada dura pela frente. Nos dias 3 de 31 de maio, os duelos com o Cruzeiro valem a vida na Copa do Brasil. As oitavas de final começam com o confronto no Mineirão e decisão na Arena Condá. A maratona conta ainda com três jogos sem caráter definitivo, pelo Brasileirão, quando a Chape visita o Corinthians e recebe Palmeiras e Avaí. Diretor executivo, Rui Costa falou sobre a importância dos próximos compromissos:
– São jogos de muita importância e muito próximos uns dos outros. É uma maratona que condiz com a grandeza da Chapecoense, com o projeto do ano. Sabemos que é difícil recuperar os atletas para que estejam de tanque cheio, mas temos profissionais para isso e estrutura para essa odisseia longa.
Além das seis competições já citadas, a Chapecoense disputa ainda a Copa Suruga, no Japão, dia 15 de agosto, contra o Urawa Red Diamonds, e a Copa Sul-Americana, onde defende o título a partir das oitavas de final. O calendário prevê ainda disputas amistosas, como a Copa Joan Gamper, diante do Barcelona, também em agosto, e a Eusébio Cup, em Portugal, com o Benfica, no dia 22 de julho.
Em Porto Alegre para treinamentos antes da viagem para Montevidéu, a Chapecoense terá somente três noites em Chapecó até o dia 11 de maio, quando retorna de Medellín, após a decisão da Recopa. Do Uruguai, o elenco segue para Florianópolis e em seguida Belo Horizonte para os duelos com Avaí e Cruzeiro. O primeiro compromisso da maratona acontece quinta-feira, contra o Nacional do Uruguai, às 19h30 (de Brasília), no Parque Central, pela quarta rodada do Grupo 7 da Libertadores.
