Chapecoense segue firme rumo à Série A (Foto: Márcio Cunha/ ACF)
O Avaí perdeu mais uma para a Chapecoense na noite desta terça-feira (08), em Florianópolis e, além de ver a rival se aproximar do acesso, aumentou seu jejum na competição e no confronto e afundou de vez na crise.
Agora são quatro jogos sem vitórias na Série B e oito jogos sem vencer a Chapecoense que, com o triunfo, subiu para 54 pontos.
História da partida
Chapecoense e Avaí chegaram para o duelo com um objetivo em comum, embora uma condição prática bem distinta.
Em miúdos, a Chapecoense desembarcou em Florianópolis como líder do campeonato e, apesar de não repetir os momentos de outrora na Série B, chegou de olho no aumento da sua pontuação.
Como viu o América, mais cedo, vencer seu jogo e diminuir a diferença para um ponto, entrou em campo já ciente de que, se quisesse manter a gordura, era preciso pontuar.
Embora a liderança isolada, esse é o momento mais conturbado de Umberto Louzer a frente da Chape: uma vitória nos últimos quatro jogos.
Pelo lado do Avaí, as notícias ruim, como fora a tônica na temporada, são maioria. Além de contornar a crise técnica do grupo que chegou apertado por uma sequência de três jogos sem as vitórias – e sem técnico, o clube precisou driblar situação desconfortável depois que atletas foram flagrados em uma balada, no centro da capital.
Jejum
Como se não bastassem as dificuldades inerentes ao contexto da partida, o Avaí chegou sobre o fio de uma navalha de um jejum de sete jogos frente a Chape: três empates e quatro derrotas, desde a vitória na primeira fase do estadual 2019.
O jogo
A Chapecoense abriu o placar cedo na partida, apesar de clara colaboração do goleiro Lucas Frigeri. Aos 10’ o atacante Paulinho Moccelin, ao cobrar uma falta, mandou pra dentro da área.
A bola ganhou efeito e, com o goleiro adiantado, achou o ângulo da goleira azurra. Festa Condá no gramado da Ressacada.
Embora a falha de Frigeri, o fato é que a Chapecoense surpreendeu o Avaí com uma postura incisiva, de marcação dentro do campo do time da casa.
No momento do gol a Chape, inclusive, já somara cinco finalizações sendo, três delas, na direção do gol.
O Avaí, simplesmente encaixotado, custou a “entrar” no jogo. Só depois dos 25 que o time conseguiu empurrar o time de Louzer para o seu campo.
Até esteve perto de empatar, mas não teve competência.
Segunda etapa
O Avaí voltou para a segunda etapa mais próximo da outra metade do primeiro tempo. Com a bola o (momentaneamente) time de Camillato passou a rondar a área adversária.
Essa “ronda”, no entanto, foi perdendo força. Um pouco pela tranquilidade do time visitante e outro pouco pela falta de fôlego do Leão.
Evando, de olho na falta de gás da equipe, promoveu três trocas em uma tacada só: Ramon, Jaú e Gastón nas vagas de Iury, Valdívia e Rodrigão.
Exceto um lance individual de Gastón, o uruguaio puxou um lance para o lado direito de campo e, ao lado da linha lateral, tentou encobrir João Ricardo.
O goleiro da Chape fez um malabarismo e mandou para escanteio. E foi só. O Avaí, apesar de tentar, não levou mais perigo.
Pior que isso: viu Roberto, em lance de contra-ataque, tocar na saída de Frigeri e dar números finais a partida.
Próxima parada
Na próxima rodada o Avaí vista a Ponte Preta, em Campinas (SP), já na sexta-feira (11). A Chape, um dia depois, recebe no Oeste do Estado o CRB, a partir das 21h.
FICHA TÉCNICA
Avaí: Lucas Frigeri; Edílson, Alemão, Alan Costa e Iury (Ramon); Jean, Pedro Castro e Valdívia; Romulo (Vinicius Leite), Rodrigão (Gastón) e Rildo (Getúlio). Técnico: Evando Camilatto.
Chapecoense: João Ricardo; Matheus Ribeiro, Joílson, Derlan e Alan Ruschel; Willian Oliveira, Ronei (Guedes) e Mike (Roberto); Aylon, Paulinho Moccelin (Foguinho) e Anselmo Ramon (Busanello). Técnico: Umberto Louzer.
Gols: Paulinho Moccelin (10/1T), Roberto (36/2T).
Cartões amarelos: Edilson, Alemão, Iury, Jean, Getúlio (AVA); Alan Ruschel, Joílson, Paulinho (CHA)
Local: estádio da Ressacada, em Florianópolis (SC). Data: 08/12/20. Hora: 21h30.
Arbitragem: Sávio Pereira Sampaio (DF); auxiliado por Daniel Henrique da Silva Andrade (DF) e José Reinaldo Nascimento Júnior (DF).
POR: DIOGO DE SOUZA – ND+
