A má condição do gramado da Arena Corinthians, que em jogos passados já foi alvo de críticas do goleiro Cássio e de outros jogadores, desta vez ajudou o Timão.
Responsável por abrir as cobranças de pênaltis após o empate por 1 a 1 da Ferroviária com o Timão em Itaquera pelas quartas de final do Paulistão, o volante Tony escorregou o pé de apoio em sua batida e isolou a bola, abrindo caminho para a classificação alvinegra, com a vitória por 4 a 3.
Após a eliminação, em conversa com a reportagem, Tony assumiu sua culpa pelo erro, mas não escondeu sua desaprovação ao gramado. Os piores pontos são dentro das duas pequenas áreas.
– Não vou botar a desculpa do erro do pênalti no gramado, mas influenciou, escorreguei o pé de apoio, mas a responsabilidade é minha, não tem desculpa – disse, antes de analisar o campo.
– Estão bem ruins (as pequenas áreas), bem esburacadas, cheias de areia. A gente saiu do jogo todo ralado. Por baixo é muito úmido, muito molhado, eu estava com a chuteira apropriada, mas escorreguei mesmo assim. Eu sou mais leve, vim numa passada mais rápida para fazer a batida de bola forte, que é o que eu treino, mas acabei escorregando o pé de apoio – lamentou.
Tony, da Ferroviária, após a eliminação para o Corinthians — Foto: Marcelo Braga
Aos 32 anos, Tony disse que já havia atuado na Arena Corinthians pelo América-MG em 2016. Na ocasião, disse ter encontrado um campo com outra condição.
– Bem molhado, bem esburacado e cheio de areia. Você pisa e o pé não firma. No meu caso atrapalhou, fui o único a escorregar, mas para mim atrapalhou – destacou.
Reparos e sequência em casa
Logo após a saída dos jogadores do campo, os funcionários da Arena Corinthians levaram ao gramado os equipamentos que reproduzem os efeitos do sol. As máquinas ficaram colocadas nas duas pequenas áreas, exatamente onde a condição é precária.
O Corinthians agora faz dois jogos em casa. O primeiro no domingo, diante do Santos, abrindo a semifinal do Paulistão. O segundo na quarta-feira, contra o Ceará, pela Copa do Brasil.