Há sete meses no Flamengo, Conca soma apenas 15 minutos em campo – contra o Fluminense e diante da Ponte Preta. A evolução do argentino é gradual, mas as chances seguem longe do jogador. No treino desta segunda-feira, no Ninho do Urubu, ele mostrou desenvoltura, com antigas características do seu futebol: passe vertical, visão de jogo e chegada à área. A expectativa é de que uma chance apareça no jogo de volta contra o Palestino, pela Copa Sul-Americana, no dia 9 de agosto.
No dia a dia, o argentino tem feito sessões extras para aprimorar a forma física, geralmente com circuitos físicos e arranques acompanhados do preparador Daniel Gonçalves. Na avaliação de Zé Ricardo e da comissão técnica, porém, ainda falta para chegar na condição física ideal. Em outras palavras, para jogar, Conca vai ter que provar que, além de usar a técnica refinada de sempre, vai contribuir na organização tática e na marcação do time.
Hoje, Zé Ricardo vê Mancuello à sua frente – em jogos de competições da CBF (Copa do Brasil e Brasileiro), há um limite de cinco estrangeiros. Há três titulares sul-americanos (Trauco, Cuéllar e Guerrero), um outro que entra em todas as partidas (Berrío) e o compatriota de Conca que ganha a vaga do banco (Mancuello).
Contratado com festa da torcida no fim do ano passado, Conca entrou em campo pela última vez dia 18 de junho, nos últimos minutos contra o Fluminense. De lá para cá, foi para o banco em apenas mais quatro partidas no Brasileiro (Chapecoense, Bahia, Grêmio e Cruzeiro) e uma na Copa do Brasil (Santos). Questionado sobre o planejamento para Conca, o diretor de futebol Rodrigo Caetano lembrou a concorrência interna.
– É uma decisão técnica, mas se ele está aqui, o interesse é de utilizá-lo. Lembrando, porém, que temos seis estrangeiros. É uma decisão que passa pelo Zé Ricardo. Não é simples assim. Quem vai decidir é o Zé lá na frente (sobre participação na Sul-Americana) – disse o diretor de futebol.