Quatro dos 12 times da elite do Campeonato Catarinense apareceram na lista dos clubes com o Certificado de Clube Formador (CCF) divulgada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O quinto representante é o Guarani, de Palhoça, que atualmente disputa a segunda divisão estadual.
O documento é um catálogo das equipes especializadas na formação de jogadores. Fazem parte o Avaí, Chapecoense, Criciúma, Figueirense e Guarani da Palhoça.
Com duração de um ano de validade, a responsabilidade de emissão do CCF é da própria CBF. Após o incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo (RJ), em fevereiro de 2019, a entidade brasileira passou a incluir entre os documentos necessários uma certidão emitida pelo Corpo de Bombeiros, que é válida por três anos.
A lista, com 28 times de todas as regiões do país, possui a presença de algumas equipes consideradas de ‘menor expressão’ e que não disputam nenhuma série do Campeonato Brasileiro, como o Guarani de Palhoça, o Dinamo (MG), Desportivo Brasil (SP), Grêmio Novorizontino (SP) e o Retrô (PE).
O Criciúma, que ficou de fora das duas últimas atualizações da lista, está de volta. O time do Sul do estado perdeu o certificado em setembro do ano passado, junto com outro time da região, o Tubarão. O Figueirense e o Guarani são os dois clubes catarinenses que possuem o CCF desde a primeira lista em 2015.
Segundo o advogado Paulo Henrique Pinheiro, do escritório Pinheiro Advogados Associados S/S, com atuação para clubes de futebol, os clubes formadores têm benefícios como:
– Ter o direito de assinar o primeiro contrato profissional com o atleta e o direito de preferência na renovação;
– Garantia legal para elidir o aliciamento de terceiros e abandono “intencional” do atleta;
– Recebimento de todos os investimentos na formação se o clube formador ficar impossibilitado de assinar o primeiro contrato especial de trabalho desportivo por oposição do atleta, ou quando ele se vincular, sob qualquer forma, a outro clube, sem autorização expressa do clube formador.
“Os investimentos cada vez maiores nas categorias de base e as regras básicas de governança administrativa, dentro do planejamento estratégico de qualquer clube que ainda não detém o Certificado de Clube Formador (CCF), entende-se que deve ter como meta primordial sanear imediatamente este ponto fraco, em curto prazo, sob pena da agremiação ficar imersa diariamente na insegurança jurídica e econômica e deixar em risco um dos seus maiores ativos”, explicou Pinheiro.
POR: PAULO ROLAMBERG – ND+