Rui Car
29/05/2020 10h34

Corinthians decide dispensar atletas e demitir funcionários

Situação financeira, diminuição de receitas e incertezas quanto a volta do futebol, fizeram a diretoria do Timão tomar a decisão mais drástica. Base deve ser a mais afetada nos cortes

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A situação financeira definitivamente apertou para o Corinthians. Isso porque o clube decidiu demitir funcionários e atletas a partir dos próximos dias. A decisão era analisada há alguns dias e o martelo acabou sendo batido em uma reunião de diretoria na última terça-feira. A informação foi publicada primeiramente pelo GloboEsporte.com e confirmada pelo LANCE!.

 

Há uma explicação para esse enfoque maior na base: é provável que as competições destinadas ao futebol de base não aconteçam em 2020, tanto as estaduais quanto as nacionais. Sendo assim, até mesmo as tradicionais peneiras para buscar jovens jogadores, tendem a ser extintas e, por consequência, os funcionários que trabalham nesse setor serão demitidos.

 

A equipe Sub-23, que abriga jogadores que estourem o limite de idade do Sub-20 e outras peças que possam um dia ser aproveitadas no profissional, deve sofrer um grande corte, também pela ausência de competições neste ano. Alguns esportes amadores devem ser afetados da mesma forma. O basquete já havia sido desativado e os atletas não tiveram seus contratos renovados.

 

Baseado na Medida Provisória 936, editada pelo governo federal no último mês, o Corinthians optou por reduzir os salários de seu quadro de funcionários entre 50% e 70%, como alternativa para preservar empregos. No entanto, essa situação piorou, as receitas continuaram caindo, a incerteza em relação à volta do futebol aumentou e os cortes de pessoal devem acontecer mesmo assim.

 

No ano passado, o Corinthians fechou seu balanço com um déficit de R$ 177 milhões e viu sua dívida acumulada (sem contar a Arena) subir para R$ 665 milhões. Com esses números e a crise por conta da pandemia de coronavírus, o clube vai adiantar 100% do dinheiro da venda de Pedrinho junto a um banco europeu, a fim de quitar dívidas imediatas e ganhar fôlego para 2020.

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