Globo Esporte
Desde que voltou ao Palmeiras no início de maio, o técnico Cuca diz que o elenco alviverde foi reforçado, mas a equipe titular está enfraquecida pelas saídas de Gabriel Jesus e Vitor Hugo e pela lesão de Moisés, que rompeu dois ligamentos do joelho esquerdo. Em entrevista ao “Troca de Passes”, após a derrota para o Internacional, nesta quarta-feira, resultado que classificou o Alviverde para as quartas da Copa do Brasil, o treinador reforçou o desejo de contar com um novo atacante e brincou ao dizer que indicou o retorno do camisa 33 do Manchester City.
– Eu indiquei o Gabriel Jesus de novo de volta. Ontem ele estava lá… Numa dessa ele aceita e volta (risos). Mas vamos buscar alguma coisa, sim. Às vezes, uma peça desabrocha o time, faz as coisas clarearem mais. Vamos com calma para não errar (…). É nítido (que o time está abaixo do ano passado), mas a cobrança aumentou. Qual foi o preço dos dois? Vamos dizer que foram R$ 100 milhões gastos. Mas arrecadou R$ 150 milhões com Gabriel Jesus e Vitor Hugo. Não adianta ficar jogando peso grande assim, porque os caras não dão conta. Mas está cada vez mais claro que a gente tem a necessidade de melhorar a equipe – disse.
A contratação mais cara do Palmeiras até o momento nesta temporada é o atacante Borja, que custou US$ 10,5 milhões por 70% dos direitos sobre o jogador. Tudo pago pela Crefisa. O colombiano foi um dos destaques do Atlético Nacional na conquista da Libertadores de 2016.
Cuca se mostrou incomodado com o apelido “Cucabol” dado ao estilo de jogo do Alviverde. Questionado durante a entrevista coletiva após a derrota para o Internacional, pela Copa do Brasil, se defendeu e destacou a dificuldade de “furar” a defesa adversária.
– O cara de Porto Alegre aqui estava bravo… “Pô, voltou o Cucabol”. Ele deve ser torcedor do Inter, porque os caras estão com dez atrás, não tem como entrar, não faria gol entrando tabelando. Se você não encaixa uma bola parada, não empata o jogo. Então, às vezes, tem de usar o artifício da bola parada. E uso com o maior prazer (…). Começou com o Moisés (cobrando lateral para a área). Diminuíram as laterais do campo. No escanteio, com o pé, às vezes, não sai como você quer. Com a mão a bola vai dirigida. Olha esse menino Reinaldo, da Chapecoense, bater se não é melhor do que escanteio. São alternativas de jogo. Ficou aquele negócio do “Cucabol”. Mas eu me divirto com isso, não tem problema. Além do lateral na área, eu queria pôr um jogador para levantar o outro para ficar com três metros de altura e fazer o gol, mas a regra não permite (risos).
O Palmeiras volta no próximo domingo contra o Atlético-MG, às 16h, em São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro. Com três pontos em três jogos, o atual campeão nacional está na 14ª posição da competição.
