A mãe de uma criança que aparece em um vídeo com sinalizadores na cintura nos arredores do estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, na Argentina, onde ocorreria a final da Libertadores, no último sábado, foi identificada e presa. O fato, que gerou revolta nas redes sociais, foi minimizado pela defesa da mulher, sob o argumento de que os filhos dela não teriam sido colocados em risco, nem qualquer outra pessoa.
De acordo com a imprensa local, o advogado Carlos Broitman disse que a mulher vai esclarecer o contexto em que a situação foi filmada. A intenção da mãe seria entrar no estádio com os explosivos sem chamar a atenção da segurança quando fosse revistada.
“Analisamos a questão, se aceitaríamos a defesa ou não. Para que assumíssemos a defesa, tivemos a certeza de que o que aconteceu não poderia nunca ter colocado em perigo a vida de outras pessoas nem de seus filhos”, afirmou Broitman, nesta segunda-feira, em entrevista coletiva.
As imagens da mulher prendendo os itens na cintura da criança tomaram as redes sociais no último fim de semana, quando o ônibus do Boca Juniors foi apedrejado pela torcida do River Plate. De acordo com a emissora “TNT Sports”, o jogagor Pablo Pérez ficou com cortes no braço e em um dos olhos. Houve tumulto, e a polícia chegou a usar gás de pimenta. A partida foi adiada.
River e Boca são os clubes mais populares da Argentina e juntos representam 70% dos torcedores, em um país com 44 milhões de habitantes, onde o futebol é uma obsessão sem distinção de sexo ou idade.
Devido à escalada da violência nos últimos anos, as autoridades decidiram, em 2013, proibir a presença de adeptos visitantes, como aconteceu no sábado, no estádio do River, mas os incidentes não pararam.