O Carioca ficará fora da pauta pelo menos nas próximas 48 horas do Flamengo. Agora em vantagem na decisão diante do Fluminense, o Rubro-Negro terá pela frente um desafio que pode definir sua vida na Copa Libertadores. Responsável pela primeira derrota do time em 2017, em março, a Universidad Católica já está no Rio de Janeiro. A equipe chilena chega ao jogo do Maracanã, nesta quarta, tentando repetir o que fez na estreia do torneio, quando conseguiu empatar com o Atlético-PR na Arena da Baixada. Veja os cuidados que o Flamengo precisa tomar:
”El Tanque” foi carrasco do primeiro jogo, mas não tem sido goleador
No jogo do Chile, ele foi o carrasco. Mas Santiago Silva não chega ao Maracanã como o goleador ou unanimidade na Católica. Pelo contrário, o centroavante marcou apenas três gols na temporada em 1224 minutos em campo (um deles na vitória por 1 a 0 sobre o Fla). Há quem acredite que deveria perder a vaga para o suplente Roberto Gutiérrez – que tem quatro gols em menos tempo de atuação – e uma mudança não está descartada. Mesmo assim, ”El Tanque” é considerado um perigo para todas as equipes que enfrenta.
– Ele é muito bom jogador. Respeitamos como todos os outros jogadores. Claro que é um jogador muito forte, mas estamos preparados. Quem for jogar vai fazer tudo para o Flamengo vencer – disse Rafael Vaz nesta segunda-feira.
Mas todo cuidado é pouco…
O motivo? Tem frieza e experiência em torneios como a Libertadores. Aos 36 anos, o uruguaio ainda é um centroavante perigoso, com passagens por mais de 10 equipes – atuou pelo Corinthians e ficou marcado pelo gol que eliminou o Fluminense na Libertadores 2012, quando defendia o Boca Juniors. Supre as suas deficiências técnicas com a força física. Com 1,83m, dá muito trabalho aos marcadores e é preciso ficar atento a cada bola parada. O Flamengo sabe bem disso.
– Não se pode dar espaços para Silva nas bolas paradas. Tem que marcar em cima. Não é um jogador que passa por dois ou três marcadores. Mas se tiver uma oportunidade, vai aproveitar. Sabe concluir e quando tem a oportunidade, faz – analisa o jornalista chileno Roberto Gálvez, do diário local ”La Tercera”.
Vitória experessiva em clássico dá moral e coloca sombra para Silva
O Flamengo não é o único que chega ao confronto embalado com triunfo em um clássico. No último sábado, a Católica levou a melhor diante da Universidad do Chile por 3 a 1. Dois gols foram marcados justamente por Guitérrez, que segue como uma sombra para o titular Santiago Silva. Há pressão, e uma mudança no time titular não é descartada. O outro gol da Católica sobre a La U no fim de semana foi de Fuenzalida, destaque do time.
Desfalques deixam escalação em aberto:
O Flamengo encara a Católica novamente sem a referência de Diego e com o desfalque do atacante Berrío – que cumpre último jogo de suspensão justamente pela expulsão do jogo em Santiago. Os chilenos, por sua vez, chegam ao Brasil com desfalques sensíveis no setor defensivo.
Benjamin Kusevic – que enfrentou o Flamengo – foi expulso no último jogo, diante do San Lorenzo, e não jogará. O zagueiro Germán Lanaro está se recuperando de uma fratura na costela e também é uma baixa importante. Por conta da ausência de dois defensores, ainda não se sabe qual será o time titular de Mario Salas.
Desde a vitória sobre o Flamengo…
A Universidad Católica disputou oito jogos. Dois foram pela Libertadores (empate e derrota diante do San Lorenzo). Os outros seis foram válidos pelo Campeonato Chileno, com quatro vitórias, um empate e uma derrota.
– O Católica chega muito bem depois de vencer o clássico e se colocar de novo na briga pelo título chileno (…) O problema diante do Flamengo é a defesa por conta da lesão e da suspensão. Deve improvisar algum jogador. Um alternativa é colocar o lateral-direito Cristian Álvarez – diz o jornalista chileno Diego Vega, do As.com.
Caso o Flamengo vença, e o Atlético-PR não perca para San Lorenzo, o Rubro-Negro carioca avança às oitavas de final do torneio continental. Um tropeço obriga o time do técnico Zé Ricardo a depender de um resultado na última rodada, quando visita o San Lorenzo, em Buenos Aires.