Rui Car
07/09/2018 17h27 - Atualizado em 07/09/2018 08h29

Em ebulição política, Flamengo sofre pressão por troca de Maurício Barbieri

Diretor de futebol, Noval reconhece momento delicado

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A volta do Flamengo ao Rio de Janeiro após a derrota para o Internacional foi tranquila, houve até tímidos gritos de incentivo no aeroporto, mas na Gávea o clima está longe de ser pacífico. A eliminação na Libertadores e, especialmente, a queda livre no Brasileiro levantaram questionamentos, amplificados pelo início de uma disputa eleitoral acirrada.

 

Há uma corrente forte no clube que defende a troca imediata no comando técnico. Algo que não acontecerá antes do jogo contra a Chapecoense, no sábado. A equipe não vence há três rodadas no Brasileirão.

 

 

Barbieri está no comando do Flamengo desde abril. Há respaldo, mas resultados recentes aumentaram a pressão (Foto: RAUL PEREIRA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO)Barbieri está no comando do Flamengo desde abril. Há respaldo, mas resultados recentes aumentaram a pressão (Foto: RAUL PEREIRA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO)

Barbieri está no comando do Flamengo desde abril. Há respaldo, mas resultados recentes aumentaram a pressão (Foto: RAUL PEREIRA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO)

 

– Ele está garantido – assegurou o diretor de futebol Carlos Noval, ao GloboEsporte.com, na volta ao Rio de Janeiro.

 

Indagado sobre o momento conturbado do time, ele reconheceu que a pressão ”está grande”.

 

Pressão sobre vice de futebol

De fato, há pressão de todos os lados. A da torcida é visível nas arquibancadas – como após a derrota para o Ceará, domingo, no Maracanã. Mas é dentro do clube que o calo da diretoria aperta. Em período eleitoral, alguns aliados do vice de futebol e candidato à presidência Ricardo Lomba cobram a saída imediata de Barbieri. Há receio de que novas derrotas prejudiquem sua campanha. E a oposição usa o momento ruim do futebol para criticar o comando do clube.

 

Internamente há quem defenda um novo treinador para dar um gás na temporada, uma vez que o Flamengo deu adeus à Libertadores, caiu para quarto no Brasileiro, mas está na semifinal da Copa do Brasil. Abel Braga é nome que já esteve em pauta, mas a situação não caminhou. Ele só quer voltar a trabalhar no ano que vem e se prepara para viajar com a esposa.

 

Por outro lado, quem defende a permanência, cita a ausência de bons nomes no mercado para assumir imediatamente. Um dos motivos, inclusive, que levou Barbieri a receber uma oportunidade em abril.

 

Por ora, Barbieri tem respaldo interno no departamento de futebol e do presidente. O grupo também valoriza o trabalho realizado até aqui. Os resultados de antes da Copa o deram crédito, e o presidente Eduardo Bandeira de Mello não costuma ser entusiasta de interromper trabalho de treinadores.

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