A Mancha Alvi Verde, principal torcida organizada alviverde, divulgou manifesto na tarde desta terça-feira pedindo a saída do técnico Cuca do Palmeiras.
Em publicação na internet, a agremiação apresentou números e questionou o desempenho da equipe com a atual comissão técnica.
As eliminações na Copa do Brasil e na Libertadores foram citadas, além de “o time em franca decadência no Brasileirão”, segundo trecho do comunicado.
A Mancha agradeceu ao treinador pelo título do Campeonato Brasileiro do ano passado, mas comparou o atual comandante com ídolos do passado como Luiz Felipe Scolari e Vanderlei Luxemburgo, que conquistaram títulos históricos no clube, mas que foram demitidos em outras campanhas.
A organizada palmeirense questionou o pedido de demissão do treinador após a partida contra o Cruzeiro, na eliminação alviverde na Copa do Brasil, fato que foi admitido pelo próprio técnico na semana passada.
O comunicado também criticou o presidente Maurício Galiotte, que, segundo a Mancha, está “perdendo a oportunidade de ser presidente”.
Nas últimas semanas, a organizada voltou a participar ativamente do dia a dia palmeirense. Além de protesto na porta da Academia de Futebol, o grupo questionou os motivos do afastamento de Felipe Melo, no início de agosto, e também reclamaram do trabalho de Alexandre Mattos na diretoria de futebol do Verdão.
Veja a íntegra do comunicado da Mancha Alvi Verde contra Cuca:
FORA, CUCA
Infelizmente, um grande líder não pode se omitir em momentos importantes, deve mostrar sua opinião e agir. O pior erro de um ser humano é se esconder, se apequenar, e essa nunca será a postura da MANCHA.
O velho jargão se faz necessário: “Futebol é resultado”
27 jogos
13 vitórias
5 empates
9 derrotas
54% de aproveitamento
• Eliminado na Copa do Brasil
• Eliminado na Libertadores
• Time em franca decadência no Brasileirão
Ou seja, além do trabalho não ter rendido frutos, algumas incoerências mostram que o treinador se perdeu na gestão do elenco e planejamento do time:
– Quando Cuca chegou, disse que o elenco era mais qualificado que 2016, mas que o time titular era pior.
– A imprensa noticiou que Raphael Veiga, Hyoran e Keno foram contratados ainda em 2016 com a aprovação do Cuca. Quando ele retornou, disse que não tinha participado das indicações. Não deu chances para o Hyoran e poucas para o Raphael Veiga.
– Quando o Mayke conseguiu uma sequência e não comprometeu, foi sacado e não voltou mais, mesmo Jean estando mal fisicamente e não mostrando nada do jogador que já mostrou ser outrora.
– Reclama da falta de semana cheia para treinar, mas quando tem a semana livre, dá 2 dias de folga e alguns rachões.
– Disse que o Guerra não tinha condições físicas de aguentar nem 45 minutos contra o Barcelona, mas 3 dias depois o mesmo jogou 80 minutos contra o Vasco. E ainda, em entrevista Guerra disse que avisou ao treinador que estava preparado para jogar na Libertadores.
– Insistiu e teimou com o Tchê Tchê no time, mesmo não apresentando futebol para isto. Inventava Tchê Tchê no meio ou na lateral, mas não o sacava, mesmo comprometendo.
– Demorou para ter coragem de barrar o Fernando Prass e colocar o Jailson para jogar.
– Indefinição durante o ano para formar uma dupla de zaga titular, ora era Mina e Edu Dracena e do nada era Mina e Luan.
– Erro crasso no jogo de volta contra o Barcelona. Era o mais importante do ano e entrou com 4 atacantes e nenhum meio campista para armar. Sendo que no banco deixou o Guerra e o Moisés. Perdemos a classificação no primeiro tempo. E olha que tivemos o tal “tempo de treino” em Atibaia.
– Insistência com Egídio e, somente depois das eliminações, resolve colocar o Michael Bastos para ter sequência. Sendo que todos sabemos que o Michael Bastos tem problemas extra-campo que o próprio Cuca não aceita.
Além das incoerências, temos a falta de vontade eminente e latente em cada entrevista do Cuca. Não é possível entender como um técnico vencedor e com garra que sempre se mostrou ser o Cuca, pode estar tão abatido. Seu discurso de “vou até o final” só nos mostra ainda mais a falta de sintonia entre ele, diretoria e presidência.
Não somos reféns de treinador algum. Obrigado pelo título de 2016, você já está na história.
Assim como Felipão e Luxemburgo, que entraram para a história com títulos importantes e mesmo assim foram demitidos do Palmeiras por campanhas medíocres como a desse ano.
Obrigado pelo Brasileiro de 2016, mas o trabalho não está caminhando e nem dá mostras de que vai caminhar! O jogo contra a Chapecoense foi uma prova disso. Defesa perdida, entramos com 2 meias, mas mal criamos chances de gol. Tudo isso contra um time que acabara de voltar do Japão!
O momento atual, somado ao desânimo apresentado por você, nos leva a crer que é melhor sair agora do que esperar dezembro chegar, e acabarmos perdendo, inclusive, a classificação para a Libertadores 2018.
E por final, presidente Mauricio Galliotte: você vem perdendo oportunidade atrás de oportunidade de mostrar que é um presidente.
Passou da hora de tomar atitude e não deixar o barco à deriva. Se o treinador insiste em dizer que já pediu demissão algumas vezes, então o demita.
Não seja covarde, o pior é aquele que erra por omissão. Você vem sendo omisso em momento de crise. Não se posicionando, não dando a cara.
Quanto ao elenco, estamos de olho nos chinelinhos e descomprometidos, e cobraremos do nosso jeito.
As pessoas passam. O PALMEIRAS fica.
Diretoria Mancha Alvi Verde
Um por todos e todos por um