- 44 minutos do segundo tempo: Neymar bate escanteio, Marquinhos marca de cabeça.
- 50 minutos do segundo tempo: Neymar bate escanteio, Alex Sandro marca de cabeça.
- 47 minutos do segundo tempo: Neymar bate escanteio, Miranda marca de cabeça.
Assim terminaram os três últimos jogos da seleção brasileira. As vitórias sobre El Salvador, Arábia Saudita e Argentina tiveram o mesmo “gran finale”: assistência do craque e gol de bola parada. Uma nova carta na manga para a Seleção de Tite.
Nas 26 partidas disputadas entre a estreia do técnico, em agosto de 2016, e a derrota para a Bélgica, nas quartas de final da Copa do Mundo, apenas sete gols haviam sido marcados em cobranças de escanteio. Neymar não era o dono absoluto da função, a dividia com Coutinho e Willian. Agora, até pelo bom desempenho, é quem cruza as bolas para a área.
O êxito nesse tipo de jogada encorpa um Neymar que, pela primeira vez na seleção brasileira, tem mais assistências do que gols. Nesse início de ciclo pós-Copa, ele deu seis passes para gols e marcou duas vezes. Ou seja, participou diretamente de 80% dos gols marcados pela equipe.
Contra o Uruguai, os escanteios podem ser um trunfo ainda mais poderoso. É que o adversário do amistoso desta sexta-feira, em Londres, teve uma enxurrada de desfalques no sistema defensivo. Cinco zagueiros se machucaram nos últimos dias: os titulares Godín e Giménez, os reservas imediatos Coates e Gastón Silva, e o substituto Cabaco.
Neymar tem feito a alegria dos companheiros em seus escanteios na seleção brasileira — Foto: Pedro Martins / MoWA Press
Oscar Tabárez deve improvisar o experiente lateral Cáceres na zaga, algo que não seria inédito, e precisa escolher seu parceiro entre os pouquíssimo rodados Bruno Méndez (19 anos, do Montevideo Wanderers), Emiliano Velázquez (24 anos, do Rayo Vallecano-ESP) e Mauricio Lemos (22 anos, do Sassuolo-ITA).
O ataque da Seleção não deverá ser dos mais altos, com Douglas Costa, Firmino e Neymar. Mas com a precisão do camisa 10 nos escanteios e zagueiros na área, a bola parada merecerá atenção especial. Na visão da comissão técnica, ela pode decidir novamente a favor do Brasil.