Desde o fim de abril, quando começou o tratamento na Ponte Preta, todos os dias têm sido importantes para Luis Fabiano na luta para voltar ao futebol. Mas com o prazo de inscrição da Série B no fim, o atacante chegou a um momento de definição sobre o futuro. Ele e a Macaca têm até 10 de setembro para resolver se o jogador será reforço alvinegro para a reta final da temporada.
Uma declaração do presidente José Armando Abdalla nesta segunda-feira aumentou a expectativa em relação ao acerto entre as partes. Segundo o mandatário da Ponte, “não é interessante para ninguém” que a volta do atacante aos gramados fique apenas para 2019.
– Temos conversado com ele. Temos até dia 10 para tomar uma decisão, quando termina a inscrição. Se não tomarmos a decisão até dia 10, ele fatalmente ficará apto para o ano que vem, o que não é interessante para ninguém, especialmente para o Luis Fabiano, que está com desejo muito grande de subir a Ponte Preta – disse Abdalla.
O atacante de 37 anos não atua desde novembro do ano passado, quando ainda defendia o Vasco. De lá para cá, passou por duas cirurgias no joelho direito. Depois de tanto tempo, a recuperação já está na reta final. Recentemente, ele foi liberado para a transição física e realizar trabalhos leves com bola. O próximo passo será participar sem restrições dos treinos com o restante do elenco.
Além de Luis Fabiano, Abdalla não descarta a chegada de outros jogadores até o fechamento da janela de inscrições para a Série B. Com 33 pontos, a quatro do G-4, a Macaca trabalha para continuar na briga pelo acesso à elite nacional. Um nome para o meio de campo e um defensor para compor o grupo são as prioridades.
– Estamos olhando o mercado, não está fácil a busca por jogadores. Estamos na briga, sofrendo algumas oscilações, mas esperamos embalar e subir na tabela. Se os jogadores aparecerem, sem dúvida que estamos de portas abertas.
Outros assuntos
As declarações de José Armando Abdalla foram dadas em entrevista coletiva convocada pela diretoria alvinegra para reforçar os protestos contra a arbitragem do dérbi campineiro e também contra a provocação de Giba Moreno, integrante da diretoria do Guarani, que levantou um cartaz durante entrevista do volante Ricardinho com os dizeres “Nunca Serão”.
O clube campineiro entrou nesta segunda com uma representação formal na CBF com reclamações da atuação de Grazziani Maciel Rocha, que teve influência direta no resultado final (0 a 0) ao deixar de marcar um pênalti em cima de André Luis no segundo tempo.
Em relação à atitude de Giba, a Ponte registrou um Boletim de Ocorrência e acionou a Polícia Civil, o Ministério Público e o STJD sob o argumento de o gesto ter “incitado a violência”. A cúpula alvinegra espera que os órgãos responsáveis puna os dois citados.
Abdalla também aproveitou para responder as acusações de Palmeron Mendes Filho, presidente do Guarani, de que a Ponte teria pintado o vestiário visitante horas antes do clássico.
– Eu tô rindo, porque isso não tem o mínimo fundamento. Nos dias atuais, a coisa é profissional. Tenho o relatório de todos os itens que envolvem os atos do jogo. Todos os locais passam por vistoria do delegado. No item de pintura, aparece que está na mais perfeita condição. Não havia nenhum sintoma de cheira, a não ser que alguém que adentrasse trouxesse de fora. Mas isso já não é competência minha. Essas coisas de esconder a chave, deixar torneira aberta para alagar vestiário ficaram no passado. O mundo evoluiu. Não foi só o vestiário que foi pintado há uma semana, mas também todo o estádio. Quando damos uma grande festa, como foi sábado, queremos mostrar nossa casa nas melhores condições. Bem diferente de outros estádios, mas sem citar os nomes.