Rui Car
09/10/2017 17h35 - Atualizado em 09/10/2017 17h37

Ferguson se emociona ao falar do cinturão: “É pesado, mas tenho ombros fortes”

"Você não pode fugir falando. Eu estou bem aqui. Tem que unificar o cinturão"

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O alívio era evidente no rosto de Tony Ferguson. A conquista do cinturão interino dos pesos-leves após atingir a marca recorde de dez vitórias seguidas na divisão foi a realização de um sonho do americano. Mais calmo após a luta, e emocionado ao falar do objeto que representa toda a sua vida, Ferguson disse que a luta contra Kevin Lee foi a oportunidade da sua vida.

 

 

Tony Ferguson com o cinturão interino dos pesos leves do UFC após a vitória sobre Kevin Lee no UFC 216 (Foto: Getty Images)Tony Ferguson com o cinturão interino dos pesos leves do UFC após a vitória sobre Kevin Lee no UFC 216 (Foto: Getty Images)

Tony Ferguson com o cinturão interino dos pesos leves do UFC após a vitória sobre Kevin Lee no UFC 216 (Foto: Getty Images)

 

– Era a oportunidade da minha vida. É sensacional representar a mim e ao meu time e, acima disso, minha família e meus amigos. É uma chance incrível de poder demonstrar que eu não consegui voltar em março. Queria ser um dos primeiros a lutar na T-Mobile Arena. Não aconteceu, e eu fiquei muito frustrado. Tive que voltar para a estaca zero e ter a humildade de saber que teria que lutar para construir meu caminho até essa luta. Estou muito emocionado. Esse cinturão é pesado, mas meus ombros são fortes e o aguentarão por muito tempo. Dez vitórias são melhores que nove. Dez vitórias consecutivas. Ainda detenho o recorde de maior número de vitórias seguidas na história do peso-leve. Meu objetivo não é o cinturão, é o Hall dsa Fama. Quero deixar um grande legado para o meu filho. Eu luto para que ele não tenha que lutar.

 

Perguntado sobre a luta, o campeão disse que Lee gastou muita energia no primeiro round, e que a experiência o ensinou a dosar as forças em lutas de cinco rounds. Para Ferguson, o rival não estava tão bem preparado quanto ele para uma luta de tamanha importância.

 

– Me sinto muito bem, estou forte. Eu fiz uma estratégia inteligente para esta luta, mas Kevin mostrou muita força no primeiro round. Ele teve muita energia nos golpes no solo, mas eu sabia que tinha cinco rounds para ganhar. Eu uso muita energia durante as lutas, e foi uma grande oportunidade de demonstrar minhas habilidades na luta agarrada. Eu sabia que tinha cinco rounds pela frente, e sabia também que não deixaria o resultado nas mãos dos juízes. MMA não é wrestling, onde os lutadores usam toda a sua energia em um golpe. Eu sabia que ele não duraria muito. Ele não se preparou como eu, e eu sabia que o seu gás não era tão bom quanto o meu, porque eu sou mais experiente. Tiro o meu chapéu para Kevin. Foi um grande oponente, tem muito coração e vocês ainda vão vê-lo muitas vezes por aqui.

 

Ferguson garantiu que Lee não o surpreendeu em nada, e que estava preparado para tudo que o adversário levasse para o octógono.

 

– Ele não me surpreendeu em nada. Fez tudo que eu sabia que ele faria. A única coisa que ele fez que me tirou a concentração foi uma dedada que ele deu no meu olho. Mas eu consegui me recuperar e manter o foco e a tranquilidade na luta. Meu técnico me disse antes da luta para sorrir, e eu me lembrei durante toda a luta e nos intervalos de me divertir. Você não precisa mostrar tanta animosidade ou falar tantas bobagens para vir aqui e lutar. Mas essa é uma empresa do ramo de lutas, e estamos aqui porque somos os melhores. Esse é o meu cinturão e estou aqui para defendê-lo.

 

Solicitado a mandar uma mensagem para Conor McGregor, que é o campeão linear dos pesos-leves, Tony Ferguson não teve dúvidas em provocar e desafiar o irlandês.

 

– Conor, você é um filho da p… de mentira. Estou bem aqui. Você não pode fugir disso falando. Tem que unificar o cinturão.

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