Fica ou sai? Diretoria do Flu vai se reunir com Abel Braga nos próximos dias

Nos últimos dias, o nome do treinador foi assunto repetido nos noticiários de Internacional e Palmeiras. O clube paulista fechou com Roger Machado, mas os gaúchos seguem sem treinador. Há um fato novo: Fábio, seu filho mais velho, se aposentou dos gramados, virou empresário e agora representa o pai. Nos bastidores das Laranjeiras, aliás, o futuro de Abel é uma incógnita. Tudo dependerá da conversa com o presidente Pedro Abad.

Em sua terceira passagem pelo Flu, Abel assinou contrato até dezembro de 2018. Viveu no Tricolor um ano irregular e de muitas dificuldades – principalmente financeiras. Em 73 jogos, acumulou 29 vitórias, 20 empates e 24 derrotas. O único momento de brilho foi na campanha do vice-campeonato carioca.

De resto, a equipe acumulou frustrações contra o Flamengo, sofreu com vários problemas médicos e brigou na parte debaixo da tabela do Brasileirão. A falta de dinheiro gerou atraso nos salários e obrigou a venda de Richarlison – a grande perda técnica do elenco em 2017.

Mesmo diante de todos os problemas (até mesmo pessoais, com a morte do filho João Pedro), Abel sempre foi transparente com a diretoria e recusou mais de uma proposta para sair – chegou até a ser procurado pelo Porto em maio. Ele sabia das dificuldades que enfrentaria desde o começo do trabalho. Mas agora, livre do rebaixamento, já deixou claro que precisa conversar com a diretoria para saber das perspectivas para 2018.

– O presidente sempre foi muito verdadeiro e sei que não vai faltar com a verdade. Não podemos, no próximo ano, passar os mesmos problemas que passamos esse ano. Não adianta me perguntar sobre isso, porque eu tenho contrato. Minha ideia é ficar. Assinei por dois anos e a relação é muito forte – lembrou após a vitória sobre a Ponte Preta, resultado que acabou com qualquer risco de rebaixamento.